Terça, 07 Mai 2024

Caminhões são flagrados estacionados em cima da restinga de Camburi

maquinas_pesadas_restinga_camburi_2_foto_leitor Foto do leitor
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O sol ainda lançava seus raios dourados sobre o mar, no início da manhã desta terça-feira (11), quando foi possível flagrar caminhões estacionados sobre a restinga da praia de Camburi, em Vitória, danificando a vegetação nativa, que é protegida por lei federal, como ecossistema associado à Mata Atlântica e Área de Preservação Permanente (APP). 

Nas fotos enviadas por um leitor a Século Diário, é possível ver dois veículos dentro de um cercado que protege um trecho de restinga remanescente entre o calçadão e a faixa de areia dedicada à prática de esportes e outras atividades de lazer. "Máquinas da prefeitura dormiram em cima da área de preservação da restinga", diz a legenda da foto-denúncia feita pelo leitor anônimo.

Foto do leitor
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A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "identificou a irregularidade e determinou a retirada imediata dos caminhões" e que "vai avaliar os prejuízos ambientais ocorridos e os responsáveis serão notificados a reparar a vegetação e outros danos". 

Questionada sobre possibilidade de multar a empresa responsável pelos caminhões, a Semmam disse que "a autuação é realizada após laudo técnico apontando os danos causados e fazendo o enquadramento previsto na legislação". 

Até o fechamento desta edição, a prefeitura não pode confirmar se os caminhões estavam de fato a serviço da prefeitura e orientou que denúncias desse tipo sejam feitas pelo telefone 156. 

Recuperação da vegetação

Há pouco mais de um mês, no início de dezembro, a Semmam noticiou que estava concluindo a fase de plantio de mudas para recuperação da restinga na praia de Camburi, citando as ipomeias e feijão da praia como as duas espécies, rasteiras, mais utilizadas no trabalho, que utiliza mudas produzidas no Viveiro de Restinga da cidade. 

A técnica escolhida foi a do mosaico – inédita no Brasil, segundo a Prefeitura – onde os canteiros são formados por plantas nativas diferenciadas, com flores, espécies frutíferas e palmeiras.

Até julho, o trabalho foi realizado entre o píer de Iemanjá e a avenida Adalberto Simão Nader, onde foram montados mais de 200 mosaicos, com 28 composições (modelos) diferentes. A ideia é fazer também cercas vivas para delimitar as passagens das pessoas para a praia e introduzir novas espécies para ampliar a biodiversidade.

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