Sexta, 19 Abril 2024

Capixabas

Capixabas

Espírito Santo  ocupa o terceiro lugar na lista dos maiores consumidores de agrotóxicos do País.A astronômica cifra de  17 milhões  de quilos é quanto os capixabas comeram de agrotóxicos durante este ano. A conta é feita a partir do consumo médio de agrotóxicos por pessoa no país, de 5,2 quilos, multiplicado pela população capixaba, de 3.514.952 habitantes. O Espírito Santo  ocupa o terceiro lugar na lista dos maiores consumidores de agrotóxicos do País.



O consumo crescente de venenos agrícolas revolta dos produtores que plantam de modo natural. Para denunciar o problema, um conjunto de organizações da sociedade civil aliadas à Via Campesina  lançou no ano passado a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.



O Espírito Santo se destacou no final de 2011, no ranking da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para) revelou teores de resíduos de agrotóxicos acima do permitido e uso de agrotóxicos não autorizados no Estado. Do total pesquisado nesta ocasião, 27,4% dos alimentos se encontram com alto teor de contaminação.



Desde 2008, o Brasil é o maior consumidor mundial de venenos. O consumo médio nacional é 5,2 kg de veneno por pessoa e gera  gasto para o país da ordem de 9 bilhões de dólares, sem contar o que tem de ser empregado para tratar as doenças causadas às pessoas que manipulam e consomem os venenos.



Esta semana, o senador Waldemir Moka (PMDB) denunciou na Comissão de Agricultura (CRA) que os agrônomos estão sendo contratados por empresas do ramos de agrotóxicos e fertilizantes com salários atrelados a metas de venda desses produtos a agricultores.



Considerando o consumo por pessoa no país, de 5,2 quilos,  a posição do Espírito Santo no ranking  nacional de consumo,  e que em 2010 a população do Estado alcançou 3.514.952 habitantes (com população estimada pelo IBGE em 3.578.067 pessoas em 2012) o veneno ingerido  pelo capixaba sobe atinge 17 milhões de quilos por ano.



Situação que alarma. Se gasta muito na promoção dos venenos, considera um dos coordenadores estaduais do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Leomar Honorato Lírio. Ele destacou, entre outros, o elevado consumo de Round up (glifosato) e 2,4 D,  os herbicidas mais utilizados nas culturas de banana, café e na capina química.  



“O que se gasta para liquidar o meio ambiente com contaminação e para tratamento da saúde das pessoas  contaminadas com venenos, se fosse usado na produção natural, sem agrotóxicos, daria com sobra para a reforma agrária que propomos”, diz o dirigente.



Não só a saúde humana é destruída pelos agrotóxicos. O impacto sobre o meio ambiente é grande, com a  contaminação da água, ar, solo e redução da biodiversidade.

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