Conselho de Jacarenema e fórum de VV querem barrar condomínios na região
Representantes do Conselho Gestor da Reserva Ecológica de Jacarenema, do Fórum Popular em Defesa de Vila Velha (FPDVV) e da Associação de Moradores da Praia da Costa se reuniram nesta quinta-feira (10) com o Ministério Público Estadual (MPES). As entidades pediram auditoria de diversos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos imobiliários da região, em especial condomínios.
Segundo Mac Scárdua, do Conselho de Jacarenema, foram constatadas irregularidades nos processos dos licenciamentos de condomínios liberados pela prefeitura de Vila Velha no segundo semestre de 2012, quando ainda era comandada por Neucimar Fraga (PR). As liberações das obras teriam sido feitas “a toque de caixa”, ou seja, sem a participação da população e sem respeitar as regras ambientais.
Os condomínios em questão – que já são muitos e o número segue crescendo – ficam em locais próximos à área da bacia do rio Jucu, principal afluente da região. Os problemas ambientais surgem principalmente do fato que muitos dos empreendimentos estão instalados nas áreas de inundação do rio, o que pode desviar à força o caminho natural das águas e prejudicar o seu ambiente.
Há condomínios, também, nas zonas de amortecimento – ou seja, áreas no entorno da Unidade de Conservação, em que qualquer atividade humana deve respeitar normas e restrições específicas – da Reserva de Jacarenema, o que novamente pode trazer grandes impactos para o meio ambiente da região.
Para Irene Léia, coordenadora do Fórum Popular em Defesa de Vila Velha, há a esperança de que o Ministério Público dê vazão às preocupações dos moradores da cidade, podendo inclusive embargar os empreendimentos. “Se todos os empreendimentos forem aprovados, pode haver uma destruição da área da Bacia do Jucu”, alerta Léia.
O processo foi formado pelo MPES na própria reunião, e agora cabe aos requerentes da auditoria acompanhar de perto. Fica a expectativa, principalmente, para as movimentações que tomará a prefeitura, agora comandada por Rodney Miranda (DEM), que ainda não se pronunciou sobre o caso.
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