Terça, 23 Abril 2024

Documentário mostra destruição das reservas de água pelos eucaliptais

Documentário mostra destruição das reservas de água pelos eucaliptais

A destruição da água pelos plantios de eucalipto é tão intensa que nem as últimas chuvas poderão recompor imediatamente os reservatórios. Por esta razão, os registros para um documentário sobre o tema estão mantidos para estas segunda e terça-feiras (12 e 13). Os levantamentos de campo serão feitos em Domingos Martins (região serrana) e em pelo menos um município do norte capixaba.



O documentário será produzido pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Segundo Leomar Honorato Lírio, um dos coordenadores do MPA no Estado, o “foco é no eucalipto”, mas considera ainda a  destruição da mata nativa no Espírito Santo.



Para ele, usando por amostragem o município de Domingos Martins, será possível ter ideia do tamanho da perda de água na região. Os agricultores dos municípios de montanha ligados ao MPA denunciam que os eucaliptais estão sendo plantados intensivamente na região, exatamente a que abastece de água a Região Metropolitana de Grande Vitória, através dos rios Jucu e Santa Maria da Vitória.



“Já nos foram apontados reservatórios vazios. As chuvas não são capazes de recompor estes reservatórios em prazo tão curto”, assinala o dirigente do MPA. Também há grande destruição de nascentes, que secam, em função dos plantios de eucalipto e perda da vegetação da mata atlântica.



O MPA não definiu como utilizará o documentário que produzirá sobre água.  Mas assinala que uma das possibilidades é que o material seja utilizado em campanhas educativas, tanto para os próprios agricultores, como para os moradores das cidades.



Além de destruir a água, os eucaliptais contribuem para que os rios capixabas sejam poluídos por agrotóxicos, empregados pela Aracruz Celulose (Fibria) e por agricultores que plantam eucaliptos para a empresa. Esta etapa da destruição foi intensificada pela empresa com imensos eucaliptais na região de montanha.



As  bacias, também  desmatadas, não retém a água das chuvas. E com isto os rios ficam assoreados pela terra retirada com as águas da chuva. Mesmo com pouca reserva de mata nativa, a destruição vegetal ainda ocorre nos fragmentos florestais.



Contribuem ainda para poluir os rios capixabas os esgotamentos sanitários domésticos e industriais sem tratamento.



Por estas razões, os rios do Espírito Santo são os mais poluídos do Brasil, como apontou pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

 

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