Sábado, 27 Abril 2024

Dos 50 agrotóxicos mais utilizados no País, 24 já estão banidos em diversos países

O Brasil utiliza 26 substâncias – inseticidas, fungicidas, hermicidas, acaricidas, entre outros tipos de venenos – proibidas em países como o Estados Unidos, Canadá e Europa. A informação é do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que alerta para o fato de o País liderar pela quinta vez consecutiva o ranking mundial de consumo de venenos agrícolas. Das 50 substâncias mais usadas, 24 já foram banidas em diversos países, porém, se encontram em um lento processo de reavaliação pela Anvisa.



De acordo com dados divulgados no jornal Ciência Hoje, só no País há 434 ingredientes ativos que, combinados, resultam em pelo menos 2.400 formulações de agrotóxicos amplamente utilizados em nossas lavouras em forma de inseticidas, fungicidas, herbicidas, nematicidas, acaricidas, rodenticidas, moluscidas e formicidas.

Além dos agricultores e suas famílias, alertam os especialistas, esses produtos geram consequências à saúde da população e ao meio ambiente.



No Espírito Santo, onde comunidades tradicionais vivem ilhadas por extensos plantios de cana-de-açúcar e do monocultivo do eucalipto, o impacto também é preocupante, com destaque para a contaminação da terra e da água. O que, segundo ambientalistas, é um dos agravantes para o problema da insegurança alimentar em comunidades indígenas, quilombolas e camponesas no Estado.



Apesar de reguladas pelos ministérios da Saúde (MS), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Meio Ambiente (MMA), é crescente o número de denúncias relacionando o uso de agrotóxico a doenças na população brasileira. Especialistas apontam que a fiscalização dos produtos químicos não acompanha o mesmo ritmo das doenças geradas à população.



A promessa do governo federal, até o momento, é a proibição do endossulfam, - banido em 45 países - amplamente utilizado no País. Esta substância gera danos irreparáveis ao sistema reprodutivo do ser humano e deverá ser banida do País pela Anvisa em julho de 2013.

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