Empresa Ecosoft irá monitorar a qualidade do ar na GV
O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) divulgou a contratação da Ecosoft Consultoria e Softwares Ambientais Ltda, para monitorar o ar da Grande Vitória. A escolha da empresa, a única a participar da licitação pelo serviço, já havia sido divulgada pela Comissão Permanente de Licitação do órgão, mas só agora, nove meses após início do processo, a contratação foi consolidada. Enquanto isso, denunciam os ambientalistas, os capixabas permaneceram sem o controle adequado das emissões atmosféricas emitidas na região.
Em janeiro deste ano, a Comissão Permanente considerou fracassada a contratação da Ecosoft Consultoria, devido à falta de um documento. Após cinco meses, chegou a publicar a escolha da empresa para o serviço, mas só nessa quarta-feira (4), anunciou a contratação.
Segundo o contrato, a empresa irá realizar a manutenção e operação dos equipamentos das estações automáticas de monitoramento da Qualidade do Ar e melhoria do Centro Supervisório da Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar (Ramqar) da Grande Vitória. Pela prestação do serviço, receberá R$ 47.566,66 mensais - valor estimado de R$ 142.700,00 em um ano -, para pagamento de aquisição de peças quando necessário, perfazendo o total de R$ 713.500,00. A vigência do contrato é de 60 meses e a fiscalização dcabe ao servidor Alexsander Barros Silveira, do Iema.
Com a contratação da Ecosoft Consultoria, a expectativa é que o monitoramento dos índices de poluição e os impactos gerados pelas grandes empresas sejam acompanhados sistematicamente.
A empresa, criada em 1995, foi a responsável pela elaboração do inventário sobre a poluição do ar na Grande Vitória em 2011, que identificou a emissão de um volume de quatro toneladas de poeira na Grande Vitória. Na ocasião, ela responsabilizou a frota de veículos como a grande vilã da poluição na Grande Vitória.
Porém, segundo estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que avaliou a qualidade do ar em diversas capitais, a qualidade do ar em Vitória era inferior à de São Paulo – embora a frota de veículos da capital capixaba seja brutalmente inferior.
Para a sociedade civil organizada, as emissões vêm, em grande parte, de indústrias como a ArcelorMittal e a Vale. Além do pó preto que contamina a casa dos capixabas, a forte fumaça emitida pelo Porto de Tubarão preocupa a população. A cobrança é que novos padrões de emissões sejam adotados para as grandes poluidoras do Estado.
A queda na qualidade do ar em Vitória também é relacionada ao aumento da incidência de doenças respiratórias como asma, rinite, sinusite e alergias, conforme levantamentos publicados pela própria Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
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