O Movimento Pó Preto apresentou uma nova denúncia sobre as emissões fugitivas da Vale ao Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). O problema diz respeito ao escape de emissões durante o abastecimento de navios na Ponta de Tubarão, registrado por entidades da sociedade civil organizada. O problema é constante e já virou motivo de reclamação entre velejadores e banhistas da Praia de Camburi, em Vitória.
A denúncia, registrada com o n°354/2012, é apenas mais uma entre tantas manifestações da sociedade contra poluição da região. Nela, a entidade afirma que as emissões fugitivas registradas nesse final de semana e na manhã desta segunda (15) são do carregamento do navio no Porto da Companhia Vale/AS.
Segundo as entidades, há imagens denunciando o escape de minério na Ponta de Tubarão também em agosto e em setembro deste ano.
Para a Associação de Amigos da Praia de Camburi (AAPC) e para o Movimento Pó Preto, as imagens contradizem a afirmação do Iema de que as emissões fugitivas estão controladas na Ponta de Tubarão. Eles cobram monitoramento contínuo da região para garantir o controle desta emissão e a mitigação dos impactos ambientais gerados. “Quem registrou foi o cidadão! O cidadão fazendo o dever do órgão ambiental”, alertou a AAPC.
As entidades que acompanham o problema da poluição do ar no Estado não acreditam mais no monitoramento atmosférico realizado pelo Iema na Ponta de Tubarão. O órgão realiza o monitoramento desde 2002, e afirma que as emissões estão controladas, o que para as entidades deixa a desejar no controle e fiscalização do carregamento de navios na área.
Segundo os dados do próprio órgão, aumentou em 46% o pó preto que chega à região da Ilha do Boi. As entidades cobram a não concessão da Licença de Operação (LO) à Vale, no projeto da 8º usina, até que os problemas sejam, de fato, sanados. Em agosto deste ano o Movimento Pó Preto já havia alertado que mesmo com as medidas consideradas eficazes pelo Iema para conter a emissão atmosférica produzida pela Vale, o material particulado continua chegando às casas do bairro, como apontou o monitoramento realizado no Hotel Senac.
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