Estação de Tratamento de Esgoto em terra indígena prejudica comunidade
Os índios da aldeia guarani de Piraquê-Açu norte do Estado, estão em pé de guerra: suas crianças e visitantes correm risco dos males causados pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) instalada em suas terras. Todos sofrem com o mau cheiro exalado do local. A presença da ETE inviabiliza o desenvolvimento do agroturismo e a divulgação da cultura indígena.
As queixas são do cacique Pedro Silva Karai. A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) localizava na aldeia contava com dois funcionários, mas eles foram transferidos. Desta forma, as crianças da aldeia correm risco ao brincar nas proximidades, o que pode ocorrer mesmo já estando alertadas dos perigos.
“Nós queremos trabalhar com o turismo na aldeia. Também queremos divulgar nossa cultura. Mas do jeito que estão as coisas, não podemos convidar ninguém”, afirma o cacique.
Os índios já buscaram ajuda do Ministério Público Federal (MPF), em Linhares, pois não querem mais a ETE nas suas terras. Há promessas de que no prazo de dois anos o local deixará de ser usado para este fim. A ETE não atende a comunidade indígena.
A aldeia de Piraquê-Açu tem nove famílias e dez outras famílias estão se mudando para lá. A ETE está a aproximadamente 100 metros da aldeia, próximo ao rio. Na aldeia, os índios plantam para mandioca, milho e feijão, entre outras espécies, e a produção se destina à subsistência. Eles também produzem e vendem artesanato. Os guarani têm quatro aldeias no Espírito Santo, e estão criando uma nova.
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