Greve no Idaf: proposta do governo estadual vai de encontro a movimento nacional
Na próxima quarta-feira (5), a Câmara dos Deputados lançará a Frente Parlamentar em Defesa da Fiscalização Agropecuária no Brasil. Quase 260 parlamentares assinaram o requerimento que registra a iniciativa do deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), que presidirá a Frente. Os servidores do Instituto Estadual de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), em greve desde o início deste mês, esperam que a criação da frente sensibilize o governo do Estado, já que esta pretende defender os interesses dos fiscais e sua consolidação nos governos federal, estadual e municipal.
Segundo a União Nacional dos Fiscais Agropecuários (Unafa), entre os objetivos da frente, além do fortalecimento e valorização dos fiscais agropecuários, estão o respeito à agropecuária sustentável e produção familiar e artesanal, garantindo a qualidade e segurança da produção animal e vegetal; a geração de renda para sustento do homem no campo, e o incremento direto e indireto da arrecadação tributária com repercussão positiva na balança comercial brasileira. A Unafa e o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) acompanharam e auxiliaram os trabalhos, após tomarem conhecimento da iniciativa.
A frente, para as entidades, é um avanço para a carreira de Fiscal Agropecuário e contrasta com o que a categoria no Estado considera descaso do governo capixaba com as reivindicações de mudanças na carreira e na nomenclatura de cargos dos funcionários do Idaf. Emanuel Maretto Effgen, do comando de greve, considera que o governo teve uma excelente chance de avançar, mas, ao invés disso, retrocedeu. “Ainda não entendemos porque o governador Renato Casagrande se posicionou contra o movimento nacional”.
Após quase um mês de greve dos servidores, a proposta governamental para plano de cargos e carreiras foi aprovada nessa terça-feira (28). Os grevistas estão descontentes com a decisão, que mudou o nome do cargo de Analista para Agente quando, segundo a tendência nacional e as reivindicações, deveriam passar a ser chamados de Fiscais.
O comando de greve promete continuar lutando pela abertura do diálogo com o governo e pelo lançamento de uma emenda à proposta governamental que atenda às suas reivindicações. Agora, eles aguardam a reunião do dia 12 de junho com os deputados estaduais para discutir a questão.
O Espírito Santo está entre os oito estados da federação que ainda não reconhecem os analistas agropecuários como fiscais. Um retrocesso, segundo os grevistas.
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