Domingo, 28 Abril 2024

Iema: prática do ciclismo provoca degradação de áreas de conservação

Iema: prática do ciclismo provoca degradação de áreas de conservação
O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) recebeu várias denúncias nos últimos meses sobre a prática de ciclismo em unidades de conservação da Grande Vitória. Os locais mais atingidos são o Parque Paulo César Vinha, em Guarapari e, principalmente, a Reserva Biológica (Rebio) de Duas Bocas, em Cariacica. Recentemente, a ação desses grupos foi vista até mesmo no Parque da Fonte Grande, em Vitória. A conduta não é recente e, segundo o Iema, os praticantes registram seus passeios em vídeos e fotos que podem rapidamente ser encontrados nas redes sociais e no site YouTube.
 
Joseany Trarbach, coordenadora de Áreas Protegidas do Iema, explica que o órgão não é contra a prática do ciclismo, entretanto, o esporte deve ser praticado em locais que suportam a estrutura dos passeios de bicicleta, e não em Rebios, como é um dos casos, que devem permanecer sem interferência, já que são importantes locais de preservação biológica e, especificamente no caso de Duas Bocas, uma importante reserva de água para a região da Grande Vitória.
 
O Movimento Ciclistas Urbanos Capixaba (CUC) reforça que é favorável ao esporte, mas que este deve ser praticado em locais planejados e autorizados para tal fim. O grupo que pratica as atividades nas reservas não tem relação com o CUC.
 
A coordenadora considerou que os danos causados pelas bicicletas, em alguns casos, podem ser semelhantes aos danos causados por motocicletas, podendo atingir espécies animais e vegetais que ainda não são catalogadas e de forma que não seja possível registrar o dano. O Iema solicita que estes ciclistas respeitem a sinalização que proíbe o uso de bicicletas principalmente nas reservas biológicas, já que as áreas são de proteção permanente e a persistência nessa prática pode resultar em crime ambiental.
 
Segundo Joseany, os gestores da Rebio Duas Bocas já orientaram os ciclistas sobre o impedimento da realização do esporte no local. Mas a atividade é reincidente e, inclusive, foram detectados desmatamentos para a abertura de trilhas entre a mata, feitos pelos próprios praticantes da atividade. A coordenadora informou que o Iema já tomou as providências necessárias e convocou a Polícia Civil para uma investigação. Com os resultados em mãos, o instituto poderá exercer seu poder de polícia para punir os responsáveis.

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