Sexta, 03 Mai 2024

Instituto Jacarenema vai recuperar área degradada por Rodney

Instituto Jacarenema vai recuperar área degradada por Rodney

O Instituto Jacarenema, em parceria com a ONG Sinhá Laurinha, iniciará na próxima semana o plano de trabalho para a área de restinga que foi degradada com a abertura de uma calha para o escoamento da água parada na regiào de Garanhuns, durante as chuvas de dezembro de 2013. As obras foram feita às pressas pelas equipes da Prefeitura de Vila Velha, comandadas pessoalmente pelo prefeito Rodney Miranda (DEM). Não havia planejamento e tampouco licença ambiental para a intervenção.

Diante do dano causado à vegetação, o Instituto planeja fazer a medição e o plano de plantio da área devastada. A recuperação da área será feita independentemente do poder público tomar alguma ação. 

A obra foi apontada por ambientalistas como um crime ambiental. Sem o devido cuidado, a calha foi aberta, degradando a vegetação rasteira da Reserva e, em seguida, fechada, sem que houvesse resultado para o escoamento das águas.



O prefeito assumiu as responsabilidades pelas intervenções e chegou a declarar à imprensa que não estava pensando na questão ambiental naquele momento. Se fosse precisa de uma licença, pediria depois, como se isso fosse possível.



Segundo Petrus Lopes, do Instituto Jacarenema, a prefeitura ainda não sinalizou nenhuma ação no sentido de recuperar a restinga da área, ambientalmente protegida. Petrus estima que cerca de 150 m² de restinga tenham sido completamente devastados com a ação desordenada, e ressalta que não há mais vegetação no local onde a calha foi aberta e, em seguida, fechada.



Na ocasião da abertura da calha, Petrus esteve no local procurando um responsável pela obra, em busca de mais informações sobre a intervenção. Diante da afirmação dos funcionários de que não havia um profissional responsável, o ambientalista afirmou que iria anotar as placas das máquinas para denunciá-los. Entretanto, como narrou Petrus, após as máquinas irem embora, chegaram duas motos da Polícia Militar e uma viatura com policiais portando metralhadoras, perguntando pelo ambientalista "que mandou parar as máquinas". Houve até mesmo uma discussão entre ele e o secretário de Meio Ambiente de Vila Velha, Jader Mutzig.



Na época da obra, Petrus afirmou que a projeção da calha foi desenhada com a boca paralela à vazão do rio, o que impediria que a água entrasse no canal. Se necessária, considerou, a calha deveria ter sido feita na diagonal. ?? época, Petrus também considerou que falta ao município maior conhecimento científico sobre a capacidade hidrológica e sobre o controle do excedente de água na região. 

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