Segunda, 29 Abril 2024

Internações no SUS por doenças respiratória totalizaram gastos de R$ 21 milhões em 2012

Internações no SUS por doenças respiratória totalizaram  gastos de R$ 21 milhões em 2012
No ano passado, os gastos com internações no Sistema Único de Saúde (SUS) por doenças respiratórias no Espírito Santo somaram um montante de R$ 21,18 milhões. Só de internações em decorrência de insuficiência respiratória foram 713 atendimentos que demandaram R$ 2,7 milhões; de asma foram gastos pouco mais de R$ 1 milhão em 1.904 atendimentos; e por outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas foram 1.180 atendimentos, com um gasto de quase R$ 974 mil. Essas doenças são, respectivamente, a terceira, quarta e quinta que geram mais gastos na saúde pública do Estado.
 
As doenças pulmonares obstrutivas crônicas podem ser causadas pela exposição excessiva e contínua à poeira e à poluição, além de exposição e hábito do tabagismo.



Já os gastos com internações por "doenças da pele e do tecido subcutâneo" totalizaram R$ 2,5 milhões e “oncologia e outros” R$ 727 mil, somando R$ 3,25 milhões. 
 
Os dados foram apresentados pelo deputado estadual Hércules Silveira (PMDB) na audiência pública dessa quarta-feira (11) sobre o pó preto. São uma resposta ao Requerimento de Informações enviado em abril desse ano ao secretário de Estado de Saúde, Tadeu Marino, para esclarecimento sobre os gastos do SUS com doenças de pele e do aparelho respiratório no Estado em 2012.
 
O requerimento foi enviado atendendo à demanda do grupo SOS Espírito Santo Ambiental, após a audiência pública sobre o pó preto realizada no primeiro semestre deste ano. Os relatos de doenças respiratórias, sobretudo a asma e a rinite alérgica, também foram destaque nas falas de representantes da sociedade civil organizada presentes na audiência pública dessa quarta-feira, que relataram o incômodo causado pela poluição e a irritabilidade gerada pelo pó preto. 
 
Os dois primeiros gastos na lista ficam por conta da pneumonia por micro-organismo Não Especificada (NE), que somaram R$ 7 milhões em 7.362 atendimentos, e pneumonia bacteriana Não Classificada em Outra Parte (NCOP), com gastos de R$ 3 milhões em 3.951 atendimentos. 
 
Os atendimentos ambulatoriais por doenças respiratórias somam um total de 1.206.868, com um gasto de R$ 342.428,94. Aqui, mais uma vez, os atendimentos por asma predominantemente alérgica são o destaque: 1.132.174 atendimentos, com custo de R$ 3.502,23. 
 
Os valores gastos são considerados "muito, muito altos" pelo deputado. Hércules, que é médico, destacou, ainda, que não é possível determinar quais dos casos atendidos foram ou não provocados pela poluição, mas isso poderá ser investigado pelo Ministério Público Estadual. 
 
O deputado assegurou que enviará uma cópia do documento ao MP solicitando uma apuração mais precisa dos casos. Ele também apontou que o MP pode pedir uma perícia das internações e procedimentos para saber quais quadros foram provocados ou agravados pela poluição do ar, não somente por partículas sólidas (pó preto), mas também pelos gases poluentes. Segundo Hércules, até mesmo casos de câncer podem ter como origem a poluição.

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