Quinta, 02 Mai 2024

Moradores de Pedro Canário denunciam corte de árvores frutíferas

arvores_cortadas_FotoDivulgacao Divulgação

Moradores de Pedro Canário acordaram com barulho de motosserra e, ao averiguar o que se tratava, viram que funcionários da Prefeitura estavam cortando árvores frutíferas ao longo de duas avenidas, a Minas Gerais, no bairro Esplanada, e a Alberto Reis Castro, em Novo Horizonte. Ao ser questionada sobre o porquê da iniciativa, os servidores alegaram, pasme, que se tratava de uma ação do evento Meio Ambiente – Sustentabilidade Em Nossas Mãos, cuja programação, de 21 a 23 de junho, conta com caminhada ecológica e plantio de mudas.

A agricultora familiar Geísa Carvalho Gomes relata que os funcionários da prefeitura disseram que durante a  semana seriam plantadas diversas mudas, por isso as árvores foram tiradas para que fossem colocadas outras plantas no lugar. As árvores, recorda, foram cultivadas pelos próprios moradores, que tiveram a ideia de plantar na frente de suas casas, num canteiro, deixando as avenidas arborizadas.

"As árvores tinham um significado grande para os moradores. O pessoal plantou, cuidou. Tem gente que plantou e não está mais lá, porque já morreu. São lembranças afetivas. Elas davam sombra para quem caminhava ao longo das avenidas para chegar ao Centro, atraiam pássaros, que faziam ninhos", diz a agricultora familiar.

O comerciante Helber Campostrini afirma que a maioria das árvores eram pés de manga, mas tinha também outras árvores frutíferas, como as de caju, graviola e jambo. Foram plantadas, de acordo com ele, há cerca de 15 anos. "Eu quero conversar com o secretário de Meio Ambiente [Gilberto Carlos Coelho] e com o prefeito [Bruno Teófilo Araújo - Republicanos] para perguntar porque tiraram os pés de manga e deixaram os pés de mato", diz o comerciante, referindo-se às árvores não frutíferas que posteriormente foram plantadas pela gestão municipal.

Helber relata que os pés de manga auxiliavam, inclusive, no sustento de muitas famílias. "Algumas pessoas pegavam as frutas e levavam na feira para vender para conseguir dinheiro para comprar uma carne, um ovo. Fiquei muito triste, muito revoltado", desabafa.

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