Quinta, 09 Mai 2024

Mortandades de peixes na Lagoa Juara é tema de audiência pública na Câmara

Mortandades de peixes na Lagoa Juara é tema de audiência pública na Câmara
Afinal, quais são as reais causas do estresse dos peixes e da falta de oxigênio apontadas seguidamente como as causas das várias mortandades já ocorridas na Lagoa Juara, na Serra? Qual o impacto da dragagem e abertura do canal do Rio Jacaraípe sobre esse fenômeno, especialmente o último desastre, ocorrido no final de setembro, quando todos os peixes criados em tanques-redes e boa parte dos peixes nativos morreram repentinamente?



Essas são algumas das perguntas que se pretende responder durante a audiência pública que será realizada na Câmara de Vereadores da Serra nesta quinta-feira (3), a partir das 19h. Convocada pelo vereador Gilmar (PT), veio atender a um pedido do movimento ambientalista do município e também aos anseios dos pescadores e moradores da região.



“Fizeram a coleta de água e de peixes pra poder dar resposta em 20 dias. Já fazem 42 dias hoje e nada”, reclama o presidente da Associação dos Pescadores da Lagoa Juara, Deraldo Balestrero.



Diversas secretarias municipais foram convidadas, além de órgãos ambientais estaduais e o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), que se mostrou interessado no assunto devido à existência de várias propostas de empreendimentos no entorno da lagoa.



Os pescadores e moradores suspeitam que as obras da prefeitura na foz do Rio Jacaraípe podem ter influenciado as mortandades ocorridas este ano. “Aquela água salgada que está entrando contribuiu bastante pra matar os peixes”, conta Deraldo.



A presença da água do mar na lagoa, onde nasce o Rio Jacaraípe, é uma situação natural do manancial, conta Jacinto José Sevini, assessor do vereador Gilmar e presidente da Federação de Associações de Moradores da Serra. Mas, com o assoreamento do rio, o mar deixou de adentrar e retornou esse fluxo após a abertura do canal.



Essa nova entrada de água salgada pode ter sido a causa da morte das taboas, que formavam ilhas flutuantes na lagoa, sugere Jacinto. “A taboa morreu e foi pro fundo. E essa decomposição da taboa pode ter gerado algum gás tóxico para os peixes”, supõe o presidente da Federação.



A audiência também se propõe a abordar a especulação imobiliária, que já provocou a ocupação irregular de todo o leito do rio Jacaraípe e continua no entorno da lagoa. Mais ocupação significa mais esgoto, mais produtos químicos e mais assoreamento por desmatamento, o que pode piorar a situação do manancial. 

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