Quinta, 02 Mai 2024

Movimentos sociais do campo levantam bandeiras de luta

Movimentos sociais do campo levantam bandeiras de luta
A greve geral desta quinta-feira (11) inspira também a luta de quem, ao contrário do que noticia a grande mídia, nunca esteve fora das ruas. Os movimentos sociais do campo no Estado participam de mais um dia de reivindicações com pautas locais que, atreladas às reivindicações nacionais e aos sindicatos urbanos, visam atender às demandas camponesas. 
 
Nacionalmente, a paralisação tem como objetivo central destravar a pauta da classe trabalhadora do Congresso Nacional e impulsionar as reivindicações que vêm as manifestações de rua. Entre as reivindicações nacionais, estão a ampliação dos investimentos em saúde, educação e transporte público de qualidade, além do fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas semanais, a reforma agrária, o fim dos leilões do petróleo e o fim do Projeto de Lei 4330/04, que permite que todos os trabalhadores do país sejam terceirizados.
 
O coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Adelso Rocha Lima, enumera como reivindicações da paralisação a arrecadação das terras devolutas no Estado; a legalização dos territórios de quilombolas e indígenas; a proibição da comercialização, uso e aplicação de agrotóxicos que já são proibidos fora do Brasil; a eficácia de políticas públicas que fortaleçam a educação no campo, e a ampliação do atendimento do programa Caminhos do Campo para as comunidades camponesas.
 
Além disso, eles também reivindicam a proibição da pulverização aérea – cujo caso recente mais grave aconteceu em maio deste ano, em Rio Verde (GO), quando um avião usado para tal fim sobrevoou uma escola – e a adequação das regras da vigilância sanitária à agricultura camponesa, para inserção no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – Adelso apontou que as regras atuais são adequadas ao grande empreendedor, mas muito burocráticas para os camponeses.
 
Bruno Pilon, da coordenação estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), apontou que a criminalização dos movimentos sociais e a luta pela democratização das comunicações também são bandeiras levantadas na paralisação.
 
Essas pautas, considera, são históricas da luta da classe trabalhadora e abrangem grandes mudanças sociais. “A mídia conseguiu pautar essa ideia de que ficamos muito tempo, desde as Diretas Já, sem irmos para as ruas. Mas há movimentos, como os nossos, que nunca saíram de lá, que sempre lutaram por seus ideais”.
 
Além das pautas do campesinato, reivindicações urbanas como a mobilidade urbana e a questão do pedágio da Terceira Ponte também serão levantadas em conjunto com entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical.

Veja mais notícias sobre Meio Ambiente.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sexta, 03 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/