Quarta, 24 Abril 2024

Novas espécies de briozoários são descobertas no litoral do Espírito Santo

A Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) divulgou nesta sexta-feira (31) a descoberta de nove novas espécies de briozoários do gênero Bugula no litoral de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Tratam-se de animais invertebrados majoritariamente marinhos que vivem em colônias, presos ao substrato. 



O estudo foi publicado na revista PLoS One e as novas espécies denominadas Bugula bowiei, Bugula foliolatan, Bugula guara, Bugula biota, Bugula ingens, Bugula gnoma, Bugula alba, Bugula rochae e Bugula migottoiSegundo os pesquisadores, algumas delas antes eram confundidas com espécies típicas do Atlântico Norte e consideradas espécies invasoras no Brasil.

 
A descoberta, além de contribuir para a caracterização morfológica e o conhecimento sobre a riqueza de espécies do gênero Bugula no Atlântico Sul, também realizou uma revisão taxonômica do gênero.

 
“Em alguns casos não se tratava de espécies invasoras, mas apenas de um problema taxonômico. É importante fazer essa revisão, porque, se um táxon for identificado de forma errônea, isso pode resultar em medidas inadequadas contra invasores que não o são, ou pode levar a subestimar a diversidade de uma costa, ao considerar várias espécies como uma só”, disse Karin Fehlauer-Ale à Agência Fapesp, que apoiou a pesquisa. 

 
O artigo foi elaborado por Leandro Vieira, pesquisador do departamento de Zoologia do Instituto de Biociências (IB) da Universidade Federal de São Paulo (USP), Karin Fehlauer-Ale, pesquisadora do Laboratório de Sistemática e Evolução de Bryozoa do Cebimar, e Judith Winston, do Museu de História Natural da Virginia (Estados Unidos).

 
Os nomes das novas espécies homenageiam o Programa Biota-Fapesp (Bugula biota), o vice-diretor do Cebimar, Álvaro Migotto (Bugula migottoi), a professora Rosana Rocha, do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná (Bugula rochae), e o músico britânico David Bowie (Bugula bowiei).

 
Os pesquisadores apontam que um dos objetivos do grupo foi compreender melhor que espécies residem na costa brasileira. O gênero Bugula foi escolhido porque já incluía algumas espécies reconhecidas como invasoras. Outro objetivo foi realizar amostragens comparativas fora da área mais estudada, que é a Região Sudeste. O grupo estudou regiões costeiras de Alagoas, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

 
Além dos autores do artigo, os estudos tiveram contribuição de Andrea Waeschenbach, do Museu de História Natural de Londres (Reino Unido), e Ezequiel Ale, doutorando de genética e biologia evolutiva do IB-USP.

 

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