Ongs reivindicam participação no Grupo de Trabalho Respira Vitória
A primeira reunião do Grupo de Trabalho Interinstitucional – GTI Respira Vitória, que aconteceu nesta terça-feira (14) na Câmara Municipal de Vitória, foi marcada pela frustração das entidades da sociedade civil que não estão representadas no grupo. Algumas delas acompanham o debate sobre a poluição em Vitória há mais de 10, e não se conformam em ficar fora do debate que poderá definir os novos padrões para as emissões atmosféricas em Vitória.
Cobram a participação no GTI a Federação das Associações e Movimentos Populares do Espírito Santo (Famopes), a entidade Família de Assistencia à Saúde do Meio Ambiente (Fasma), Conselho Popular de Vitória (CPV), Federação dos Transportes, a entidade Respira Vitória e a Associação dos Amigos da Praia de Camburi (AACP).
Segundo Élio de Castro, assessor técnico de meio ambiente do Gabinete do vereador Serjão (PSB), propositor do GTI, para a formação do grupo foi avaliada a capacidade de discussão técnica e política de contribuição com o debate.
Além disso, ele afirma que foram seguidos parâmetros do grupo formado em São Paulo, onde o trabalho resultou em novos parâmetros para as emissões atmosféricas na cidade.
“Não há a tentativa de manipular dados. Queremos analisar trabalhos técnicos e suas viabilidades políticas para a implantação", disse Élio ao justiçar o processo de escolha dos membros do GTI.
Já para os representantes das entidades excluídas, o critério de escolha para o GTI não foi democrático. As entidades cobram a escolha de pelo menos um representante, dos seis reivindicados ao GTI. “Somos entidades que conversamos entre nós e acompanhamos este problema há mais de dez anos”, disse Paulo Pedrosa, da AAPC.
Até o momento, o GTI conta com a representação do Conselho de Defesa do Meio Ambiente de Vitória e das Associações de Moradores do Município de Vitória, junto ao Ministério Público Estadual.
Segundo o vereador Serjão, propositor da criação do GTI Respira Vitória, é importante o interesse das entidades em participarem do debate, porém, é necessário não criar um desequilíbrio entre as representações para não inibir as empresas responsáveis pelas emissões.
Para as entidades, a partir do momento em que o debate sobre a melhoria de qualidade do ar é pautado mais pela preocupação com as poluidoras do que com a participação da sociedade que acompanha e sofre com o problema, é necessário repensar os objetivos do GTI.
Outro dilema que será discutido na próxima reunião do GTI, no próximo dia 4, será a abertura ou não dos debates para as secretarias municipais de Meio Ambiente da Grande Vitória.
Segundo a representante da Universidade Federal do Espírito Santo (UFes) no GTI, Jane Marie, a poluição do ar não tem fronteira e, portanto, é necessário pensar quais serão os limites do trabalho desenvolvido pelo grupo.
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