Segunda, 29 Abril 2024

Parque Paulo César Vinha reabre para visitação

Parque Paulo César Vinha reabre para visitação

Após um incêndio que destruiu cerca de 33% de sua extensão, o Parque Estadual Paulo César Vinha, em Guarapari, reabriu nesta segunda-feira (31) para visitação, entre às 8 e 17 horas. Para segurança do público, as áreas mais afetadas pelo incêndio foram isoladas. O fogo teve início no dia 20 de março e só foi contido cinco dias depois. 

 

Até o dia 10 de abril, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) apresentará um relatório ambiental sobre o incêndio, com um levantamento mais preciso das áreas e espécies de vegetação afetadas pelo fogo e com o objetivo de identificar os locais prioritários para o início da recuperação e aperfeiçoamento do Programa Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevines).



No Parque Paulo César Vinha, há uma grande diversidade de ambientes, como lagoas, dunas e planícies alagadas, além de inúmeras formações vegetais como a Mata Seca, a Floresta Permanentemente Inundada, Brejo Herbáceo, formações abertas e a vegetação pós-praia.

 

Segundo o Iema, a recuperação de restingas é altamente complexa em função do solo arenoso que dificulta o cultivo e, além disso, as áreas brejosas, afetadas em uma grande extensão, dependem de regeneração natural. Os animais mortos em função do incidente também serão identificados. No local, foram encontradas pacas, capivaras, ninhos de pássaros e répteis.

 

O parque foi criado em 1994, com o objetivo de preservar uma faixa contínua de restinga, um dos ecossistemas mais ameaçados da Mata Atlântica. Tem área de 1.500 hectares, que reúne lagoas, dunas e planícies alagadas,  além de espécies da flora e fauna ameaçadas de extinção e endêmicas.

 

A unidade é circundada pela Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba, que funciona como sua zona de amortecimento e visa conservar a região marinha do arquipélago das Três Ilhas. O nome da unidade de conservação é uma homenagem ao biólogo Paulo César Vinha, morto em 1993, por atuar contra a extração de areia na região.

 

Em 2008, o Parque sofreu um incêndio que atingiu cerca de 450 hectares, o equivalente a 450 campos de futebol, o que representava quase metade de sua extensão. Na época, metade de sua vegetação, boa parte composta por restinga, foi perdida e foram registradas mortes de diversos animais. O vento forte também foi um fator que dificultou o combate às chamas em 2008.

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