Sábado, 04 Mai 2024

PMV retira árvores em frente ao Clube dos Oficiais e moradores reclamam

PMV retira árvores em frente ao Clube dos Oficiais e moradores reclamam
Oito árvores foram retiradas pela Prefeitura de Vitória nessa quinta-feira (26) em frente ao Clube dos Oficiais, na Praia de Camburi, em Jardim da Penha. Moradores do local afirmam que a copa das árvores tinha a mesma altura do último pavimento da nova sede do clube, que está em fase final de construção.
 
Os moradores da região estão indignados com a retirada das árvores que, segundo eles, aliviavam a temperatura elevada do verão com a sombra das copas. “Em época de aquecimento global, de elevação da temperatura, nós precisamos de sombras”, reivindicou Paulo Pedrosa, da Associação dos Amigos da Praia de Camburi (AAPC). Segundo Pedrosa, as árvores estavam ali há mais de 10 anos.
 
Eles reivindicam que deveriam ter sido consultados sobre o corte e garantem que registraram denúncias no Fala Vitória 156. Também prometem que não vão deixar a prefeitura retirar a única árvore que sobrou no local, próxima ao sinal de trânsito.
 
Valéria Ramos disse ter conversado com os jardineiros que faziam a retirada, que lhe disseram que as árvores estavam doentes. Valéria também relatou que foram plantadas outras árvores no local, mais jovens e de porte pequeno, que não darão a mesma sombra das anteriores.
 
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) informou que sete das árvores eram da espécie Acassia auriculiformis e uma da espécie da Albizia lebbeck. As espécies são originárias da Oceania e Ásia tropical e, segundo o Plano Diretor de Arborização de Vitória, “a presença de espécies potencialmente invasoras como as leucenas, sabiás e acassias australianas em Vitória, ainda, em fase controlável, necessita de planos de manejo devido à ameaça que representam”.
 
De acordo com as Diretrizes de Plantio da Semmam, a espécie Acassia auriculiformis é muito boa para reconstituição de solos, em reflorestamentos, mas não é indicada para o plantio em calçadas porque seu tronco não é resistente a ventos fortes e a planta pode atingir até 20 metros de altura. Já o exemplar de Albizia lebbeck estava com estado vegetativo em declínio, como afirmou o órgão.
 
De acordo com a Semmam, na época em que as árvores foram plantadas por particulares, não havia restrição ao plantio. No entanto, atualmente essas espécies não são mais plantadas em calçadas. A secretaria também informou que alguns exemplares estavam muito próximos aos postes de energia. A Secretaria considerada como distância mínima cinco metros.
 
Os novos exemplares plantados são os Oitis (Licania tomentosa), espécie originária da Mata Atlântica e, segundo a Prefeitura, “é ótima para calçadas de três metros, aceita podas, é resistente a patógenos e parasitas e possui arquitetura de copa bonita e com belo sombreamento”. Outros três exemplares serão plantados na região, em local a ser estudado pela Semmam, para compensar o número de árvores retiradas. A Secretaria informou que a calçada onde as árvores foram retiradas já possui o limite permitido de exemplares.

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