Prefeitura de Vitória afirma que coíbe extração irregular de lambretas com fiscalização
Em resposta ao requerimento de informações enviado pelo vereador Serjão Magalhães (PSB), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) informa que as providências tomadas para coibir a extração irregular dos moluscos lambretas na Estação Ecológica Ilha do Lameirão, em Santo André, são as incursões periódicas da Gerência de Fiscalização.
Além disso, após a constatação do fato, foi solicitado que a Coordenação de Fiscalização Ambiental e a Administração da Estação Ecológica entrassem em contato com a Polícia Militar Ambiental, com a Guarda Municipal e com os agentes de proteção ambiental da Semmam para "ação articulada de coibição da atividade, apreensão do produto e demais medidas necessárias".
No documento, também foram relatadas as vistorias feitas em maio deste ano para o levantamento de informações complementares sobre os marisqueiros baianos. Nessas vistorias, foram constatadas a quantidade de lambretas colhidas semanalmente - aproximadamente mil dúzias -e a participação de um atravessador, que levava as lambretas in natura até a Bahia em uma Fiat Strada com placa de Porto Seguro.
O documento informa ainda que um imóvel no bairro Santo André, onde também eram realizadas as capturas, estava alugado há três meses,e que os marisqueiros locais, que até então realizavam a cata de outros moluscos de forma artesanal, aprenderam o ofício com os marisqueiros baianos e passaram a atuar na cata predatória das lambretas.
O documento informa ainda que um imóvel no bairro Santo André, onde também eram realizadas as capturas, estava alugado há três meses,e que os marisqueiros locais, que até então realizavam a cata de outros moluscos de forma artesanal, aprenderam o ofício com os marisqueiros baianos e passaram a atuar na cata predatória das lambretas.
Segundo a prefeitura, a atividade irregular foi registrada no Relatório Técnico SemmamGMECPME nº 06A-2013 e uma ação para coibir a extração irregular das lambretas na Estação Ilha do Lameirão foi montada envolvendo outros setores e gerências da Semmam. A Prefeitura também informou que atuam, sem convênio, na coibição dessa atividade a Guarda Municipal, a Polícia Militar Ambiental e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Ainda segundo a prefeitura, não houve denúncias sobre a cata da lambreta, a constatação do fato foi observada por ações rotineiras da equipe técnica da Semmam.
O molusco conhecido como lambreta é um marisco muito apreciado na culinária baiana, mas pouco consumido no Espírito Santo. A captura desenfreada do animal no litoral da Bahia fez com que o marisco desaparecesse na região. No Estado, como não há esse consumo, as lambretas ainda existem em grandes quantidades e foram descobertas pelos marisqueiros e atravessadores baianos, que extraem os animais nos manguezais da capital e os levam para venda comercial no estado vizinho.
A captura é feita de forma predatória, com enxadas e facões, que podem causar danos às plantas e animais nativos, além de prejuízos nas raízes arbóreas e na terra arenosa do mangue. O maior problema é que os marisqueiros baianos ensinam essa forma de extração predatória aos marisqueiros locais, que têm a autonomia de entrar na Estação Ilha do Lameirão para extrair o sururu e demais mariscos usados na culinária capixaba, e acabam usando a técnica predatória para capturar as lambretas e conseguir uma renda extra com a venda para os baianos.
Serjão Magalhães (PSB) encaminhou requerimento de informações à Semmam em agosto deste ano, para conhecer as ações realizadas pela Prefeitura Municipal de Vitória para coibir a extração irregular do moluco. Na ocasião, o vereador se baseou em denúncias divulgadas em maio por Século Diário e ainda de moradores.
Serjão Magalhães (PSB) encaminhou requerimento de informações à Semmam em agosto deste ano, para conhecer as ações realizadas pela Prefeitura Municipal de Vitória para coibir a extração irregular do moluco. Na ocasião, o vereador se baseou em denúncias divulgadas em maio por Século Diário e ainda de moradores.
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