Domingo, 05 Mai 2024

Prefeitura de Vitória afirma que coíbe extração irregular de lambretas com fiscalização

Prefeitura de Vitória afirma que coíbe extração irregular de lambretas com fiscalização
Em resposta ao requerimento de informações enviado pelo vereador Serjão Magalhães (PSB), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) informa que as providências tomadas para coibir a extração irregular dos moluscos lambretas na Estação Ecológica Ilha do Lameirão, em Santo André, são as incursões periódicas da Gerência de Fiscalização.
 
Além disso, após a constatação do fato, foi solicitado que a Coordenação de Fiscalização Ambiental e a Administração da Estação Ecológica entrassem em contato com a Polícia Militar Ambiental, com a Guarda Municipal e com os agentes de proteção ambiental da Semmam para "ação articulada de coibição da atividade, apreensão do produto e demais medidas necessárias".
 
No documento, também foram relatadas as vistorias feitas em maio deste ano para o levantamento de informações complementares sobre os marisqueiros baianos. Nessas vistorias, foram constatadas a quantidade de lambretas colhidas semanalmente - aproximadamente mil dúzias -e a participação de um atravessador, que levava as lambretas in natura até a Bahia em uma Fiat Strada com placa de Porto Seguro. 



O documento informa ainda que um imóvel no bairro Santo André, onde também eram realizadas as capturas, estava alugado há três meses,e que os marisqueiros locais, que até então realizavam a cata de outros moluscos de forma artesanal, aprenderam o ofício com os marisqueiros baianos e passaram a atuar na cata predatória das lambretas.
 
Segundo a prefeitura, a atividade irregular foi registrada no Relatório Técnico SemmamGMECPME nº 06A-2013 e uma ação para coibir a extração irregular das lambretas na Estação Ilha do Lameirão foi montada envolvendo outros setores e gerências da Semmam. A Prefeitura também informou que atuam, sem convênio, na coibição dessa atividade a Guarda Municipal, a Polícia Militar Ambiental e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
 
Ainda segundo a prefeitura, não houve denúncias sobre a cata da lambreta, a constatação do fato foi observada por ações rotineiras da equipe técnica da Semmam.
 
O molusco conhecido como lambreta é um marisco muito apreciado na culinária baiana, mas pouco consumido no Espírito Santo. A captura desenfreada do animal no litoral da Bahia fez com que o marisco desaparecesse na região. No Estado, como não há esse consumo, as lambretas ainda existem em grandes quantidades e foram descobertas pelos marisqueiros e atravessadores baianos, que extraem os animais nos manguezais da capital e os levam para venda comercial no estado vizinho.
 
A captura é feita de forma predatória, com enxadas e facões, que podem causar danos às plantas e animais nativos, além de prejuízos nas raízes arbóreas e na terra arenosa do mangue. O maior problema é que os marisqueiros baianos ensinam essa forma de extração predatória aos marisqueiros locais, que têm a autonomia de entrar na Estação Ilha do Lameirão para extrair o sururu e demais mariscos usados na culinária capixaba, e acabam usando a técnica predatória para capturar as lambretas e conseguir uma renda extra com a venda para os baianos.



Serjão Magalhães (PSB) encaminhou requerimento de informações à Semmam em agosto deste ano, para conhecer as ações realizadas pela Prefeitura Municipal de Vitória para coibir a extração irregular do moluco. Na ocasião, o vereador se baseou em denúncias divulgadas em maio por Século Diário e ainda de moradores. 



 

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