Terça, 21 Mai 2024

Reunião discutirá Plano Diretor de Irrigação do Estado

O Programa de Agricultura Irrigada do ano de 2013, preparado pelo Ministério da Integração Nacional, prevê o aumento do consumo de alimentos proporcionalmente ao crescimento da população que, no Brasil, segundo estimativas de 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve chegar a 216,41 milhões no ano de 2030.

 
O mesmo relatório aponta a associação entre técnicas de irrigação e drenagem como melhor alternativa para aumentar o volume da produção sem que a área de cultivo seja expandida.
 
No Brasil, 16% do total da produção de alimentos são produzidos em apenas 5% da área cultivada. Em âmbito mundial, a eficiência do sistema é ainda mais notória: 44% de toda a produção provêm de apenas 18% da área cultivada, que é irrigada, sendo que os outros 56% da produção vêm de 82% da área de cultivo, que utiliza métodos tradicionais
 
Uma das pretensões do Ministério é incentivar a ampliação da área irrigada, “em bases ambientalmente sustentáveis”, para contribuir com o aumento da oferta de alimentos.
 
A defesa do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) é de que o modelo de irrigação deve ser adaptado para cada região do país, o que não acontece na atualidade, já que o modelo da irrigação serve aos grandes agricultores e a aplicabilidade em regiões como o nordeste brasileiro é falha.
 
Bruno Pilon, coordenador estadual do MPA, afirmou que o modelo de irrigação deve ser pensado para o pequeno agricultor. Ele contou, ainda, que na estiagem do ano passado os agricultores que usavam o modelo adaptado de agroecologia – com solo protegido por camadas de folhas secas, plantação de várias culturas na mesma lavoura e proteção do sol – quase não tiveram prejuízos se comparados aos que usavam o sistema tradicional de irrigação.
 
Segundo a assessoria do Ministério, atualmente só existem planos estaduais de irrigação, que nem sempre são aplicáveis a todo o país. Para isso, será feito um Plano Diretor Nacional de Irrigação, uma orientação central para os estados que ainda não tiverem o seu próprio plano. À medida que os planos estaduais forem feitos, esses especificação as regras nacionais de acordo com as particularidades de cada região.
 
Nesta terça-feira (30), às 9h, o secretário Nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional, Guilherme Orair, participa de uma reunião com representantes do governo do Espírito Santo para discutir a preparação do Plano Diretor de Irrigação do Estado.
 
As regiões norte e noroeste, mais suscetíveis à escassez de água, estarão no centro do planejamento e da administração do uso adequado e sustentável dos recursos hídricos, cujas decisões estratégicas serão apoiadas na reunião.
 
 

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