Domingo, 28 Abril 2024

Sambio denuncia falta de assistência estadual e federal ao Mello Leitão

Sambio denuncia falta de assistência estadual e federal ao Mello Leitão
A Associação de Amigos do Museu de Biologia Mello Leitão (Sambio) denuncia que nenhuma ação concreta para a garantia do funcionamento do museu foi tomada pelo governo estadual ou federal, mesmo após uma reunião no último mês de agosto, com o deputado federal Paulo Foletto (PSB) e com o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Jadir José Pela.
 
A Sambio também aponta a inércia da gestão do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) que, como relata a entidade, não fez nenhum investimento para que o Mello Leitão realizasse seus trabalhos, “apesar de o museu ser um dos polos que mais mobiliza jovens do estado no campo da educação ambiental". A associação também apontou que não houve nenhuma movimentação para a abertura de editais da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) para apoio às Coleções Biológicas do museu.
 
Os investimentos do governo do Estado foram classificados como emergenciais pela Sambio, sobretudo para a manutenção das Coleções Biológicas e dos trabalhos de pesquisa sobre a biodiversidade da Mata Atlântica, desenvolvidos em parceria com o Mello Leitão.
 
Em reunião realizada em agosto, na própria sede do museu, os representantes da Sambio entregaram ao secretário um documento solicitando a ampliação da abrangência dos editais da Fapes também a pesquisadores que tenham projetos em conjunto com o Mello Leitão, mas não possuem vínculo empregatício com a instituição. Também foi entregue ao secretário um documento que define as necessidades imediatas para que o museu passe por esse período de transição, até transformar-se em Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA).
 
Ao deputado, foi solicitado empenho da bancada capixaba para acelerar a aprovação do Projeto de Lei 7437/2012 que, dentre a criação de vários institutos direcionados aos diferentes biomas do país, transformam o Museu Mello Leitão em instituto, transferindo sua gestão do Ministério da Cultura (MinC) ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). 
 
O PL tramita no Senado e recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania no último dia 15. A Sambio também critica a demora na votação do projeto nas comissões. A pressa em adiantar o processo é resultado da falta de investimentos, que ainda não podem ser feitos pelo MCT e não vêm do MinC, por desestímulo a uma gestão que não será mais deles.
 
Criado em 1949 pelo naturalista Augusto Ruschi (1915-1986), o Mello Leitão desenvolve trabalhos com foco na biodiversidade da Mata Atlântica do Estado e voltados para educação e difusão científica na área de biodiversidade e na área de pesquisa e investigação científica. O Museu é uma das principais instituições ligadas ao patrimônio natural do País. 
 
O apoio que a área de Museu recebe do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em nível de pessoal, se resume ao trabalho de dois estagiários de graduação, que podem se manter por no máximo dois anos na atividade. Segundo a Sambio, tradicionalmente, em outros museus e instituições que possuem Coleções Biológicas, existe uma estrutura de pelo menos um curador de cada grupo biológico, com nível em geral de Doutorado, que é responsável pelo desenvolvimento da coleção e das pesquisas relacionadas ao grupo, além de alguns técnicos e pesquisadores.

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