Quinta, 25 Abril 2024

Sociedade civil cobra diálogo e resultados da gestão Rodney

Sociedade civil cobra diálogo e resultados da gestão Rodney

A principal demanda da sociedade civil para o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), é o diálogo. Depois, resultados. Foi em clima cortês, porém de cobrança, que se deu a reunião realizada na tarde dessa quarta-feira (6), entre entidades e o prefeito, na sede da prefeitura.

 

Ignorados na gestão passada, os representantes da população, que inicialmente deveriam discutir uma pauta que incluía o avanço imobiliário, a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) e reivindicações para a participação da sociedade civil organizada no planejamento do desenvolvimento da cidade, ampliaram o leque e pontuaram as principais questões de saúde, educação, mobilidade, meio ambiente e segurança que merecem atenção e dedicação do novo gestor. 
 
Para conseguir alcançar seus objetivos, a sociedade cobra agora um planejamento mais claro do prefeito. Quer planos, metas, datas e, sobretudo, que o estatuto da cidade seja o livro de cabeceira dele. 
 
“Uma questão que o senhor deve entender como grave é que não cabe mais uma gestão fechada. Esperamos que todos os segmentos sejam ouvidos sobre o que queremos para a cidade, e que isso seja discutido de forma transparente e clara”, disse Cristina Puppin, do Movimento Vida Nova Vila Velha (Movive). 
 
Entre as demandas que mais se mostrou urgente pelas entidades está a revisão dos licenciamentos imobiliário no município. A cobrança é pela revisão de licenciamentos considerados arbitrários e já questionados na Justiça pela sociedade civil. Além disso, as construtoras estariam avançando sob áreas de interesse ambiental e urbano, como as áreas alagadiças que servem de escape para as águas do Rio Jucu, evitando enchentes. 

 
A demanda abrange a revisão do Plano Diretor Municipal, aprovado pelo ex-prefeito Neucimar Fraga (PR), que garantiu a ocupação de zonas ambientais por construtoras, em especial na Região 5, que engloba os bairros Barra do Jucu, Balneário Ponta da Fruta, Barramares, Cidade da Barra, Interlagos, Jabaeté, João Goulart, Morada da Barra, Morada do Sol, Morro da Lagoa, Normília da Cunha, Nova Ponta da Fruta, Ponta da Fruta, Praia dos Recifes, Riviera da Barra, Santa Paula I, Santa Paula II, São Conrado, Terra Vermelha, Ulisses Guimarães e Vinte e Três de Maio.
 
"Para que esta situação seja revertida, é importante deixar claro que Vila Velha está dentro do Rio Jucu e muito próximo do nível do mar. A maior parte do município está dentro de área de alagamento ”, lembrou Petrus Lopes, do Instituto Jacarenema de Pesquisa Ambiental (Injapa).
 
Foram cobrados ainda a participação popular no planejamento do Orçamento; resolução das pendências do Plano de Mobilidade Urbana, Esgotamento Sanitário e Coleta Seletiva – praticamente inexistente na ultima gestão –, e que a educação do município se volte para os valores humanos, até como uma referência. Pontos relativos à segurança e à saúde também foram pontuados e deverão ser tratados com maior amplitude no decorrer dos debates.



Sobre as demandas, o prefeito informou que todas as novas licenças foram suspensas, enquanto outras estão sendo investigadas, e que em 30 dias será realizada uma nova reunião para apresentar os primeiros encaminhamentos. 
 
O secretário de Gestão Estratégica, Regis Mattos, não participou do debate. Mas o discurso entre os secretários de Desenvolvimento Econômico, Edson Ferreira; de Meio Ambiente, Alberto Flávio Pego; de Comunicação, Felício Corrêa, e de Planejamento, Orçamento e Gestão, Antônio Marcus Carvalho Machado, é o de ouvir a sociedade para planejar a cidade.  
 
Participaram da reunião representantes do Fórum Popular em Defesa de Vila Velha (FPDVV) e do Movive, responsáveis por requerer a reunião com o prefeito, além de representantes da Federação das Associações de Moradores e Movimentos Populares do Estado (Famopes), Conselho Gestor Jacarenema, Moradores Unidos Contra Alta Tensão (Mucrat) e Associação Amigos da Praia da Costa.
 
Planejamento
 
Rodney Miranda anunciou que encerrará o Planejamento Estratégico de Vila Velha até março próximo. Segundo ele, até abril sua gestão já terá um norte para seguir nos próximos quatro anos. Para isso, o prefeito conta com a ajuda da Associação dos Empresários de Vila Velha (Asevila), com quem já se reuniu no início do ano. 
 
A reunião entre as partes motivou a reunião com a sociedade civil organizada, que cobrou em requerimento a participação no debate sobre o desenvolvimento da cidade. Para Irene Léia, do Fórum Popular, é preciso que a cidade seja construída de forma coletiva, porém, sem privilegiar nenhum dos setores. 

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