Sábado, 04 Mai 2024

SOS Ambiental cobra explicações de Vereza sobre relatório do pó preto

SOS Ambiental cobra explicações de Vereza sobre relatório do pó preto
O grupo SOS Espírito Santo Ambiental protocolou, nessa quinta-feira (19), um pedido de esclarecimentos ao deputado estadual Claudio Vereza (PT), presidente da Frente Parlamentar Ambientalista da Assembleia Legislativa, a respeito da elaboração do relatório final das audiências públicas sobre o pó preto realizadas neste ano na Casa.
 
O grupo quer a prestação de contas da contratação dos serviços do Instituto de Excelência em Relações Comerciais e Internacionais (Instituto Inceri) para a elaboração do relatório final e cobra explicação sobre o porquê da terceirização do serviço. Além disso, questiona o que significa dizer que a responsabilidade pela elaboração e redação do relatório é de Lorena Zucatelli dos Santos, advogada e representante do Instituto, como consta no relatório, e se a contratação do serviço foi pago com dinheiro público.
 
O SOS Ambiental já havia enviado anteriormente um pedido ao deputado para que retirasse urgentemente todos os relatórios de circulação. O grupo afirma que nele havia registros de falas que não eram da responsabilidade da entidade. "Falas montadas de maneira irresponsável e até talvez planejadas”, reiterando que havia como comprovar a veracidade ou não das afirmações, que estão registradas em vídeos. O grupo também encaminhou uma versão do documento, com destaque para todos os pontos que considerou inadequados, bem como a sugestão para sua devida correção.
 
As audiências públicas sobre o pó preto na Assembleia foram propostas pelo deputado Vereza como alternativa à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Pó Preto. O pedido de abertura da CPI fora, pouco antes, arquivado por conta da falta das assinaturas mínimas necessárias para iniciar a investigação. A bancada do PT, com cinco deputados, que seria decisiva no processo, foi omissa e optou por não assinar o pedido, protocolado pelo deputado estadual Gilsinho Lopes (PR).
 
As audiências acontecerem entre os meses de setembro e novembro deste ano, sempre no plenário da Ales, e foram recheadas pelos pedidos contínuos da sociedade civil pela abertura da CPI e pelo enclausuramento da cadeia de produção que envolve o pó de minério emitido na Ponta de tubarão pela Vale e ArcelorMittal, tecnologia já usada em siderúrgicas da Coréia do Sul. Durante os debates, as poluidoras encontraram caminho livre para justificar sua atuação irresponsável na área, assim como o poder público. Como esperado, os encontros não resultaram em nenhuma ação efetiva para minimizar a emissão de poluentes na Grande Vitória.
 
O documento é assinado por Eraylton Moreschi, coordenador geral do SOS Espírito Santo ambiental, que reúne a Federação da Associações de Moradores e Movimentos Populares do Espírito Santo (Famopes); o Conselho Popular de Vitória (CPV); a Associação dos Amigos do Parque da Fonte Grande (AAPFG); o Instituto Porta Abertas (IPA); a Associação dos Amigos da Praia de Camburi (AAPC); a Família de Assistência e Socorro ao Meio Ambiente (Fasma); a Associação Capixaba de Proteção ao Meio Ambiente (Acapema); e a Associação Nacional Dos Amigos do Meio Ambiente (Anama).

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