Ufes ainda não tem prazo para abertura do curso de Educação Indígena
A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) ainda não definiu os prazos para a abertura e a quantidade de vagas para o curso de licenciatura em Educação Indígena. O curso foi aprovado pelo Ministério da Educação (MEC), por meio da Portaria nº 68, de 29 de agosto de 2014, e publicado no Diário Oficial no último dia 1. O processo de criação do curso será tramitado junto aos conselhos superiores da Ufes, com a aprovação de seu projeto pedagógico e adoção das demais providências necessárias à sua criação.
O projeto, que agora foi aprovado pelo MEC, já é o terceiro que nasce das mãos dos próprios índios e chega à Ufes. A proposta do novo curso tramitava na Ufes desde junho de 2012, passando por trâmites internos. Segundo José Sizenando, coordenador da comissão dos caciques Tupinikim e Guarani, a luta vem desde 2001 e era constante a falta de vontade da Ufes para a criação do curso. Propostas anteriores já haviam sido recusadas pela universidade, mas a aprovação desta pelo conselho da Ufes fez com que a comunidade indígena se colocasse esperançosa. A educação indígena ainda caminha a passos lentos no Espírito Santo, onde só há escolas indígenas de ensino fundamental e ainda está sendo construída uma unidade de ensino médio para atender às aldeias.
O curso de licenciatura em Educação Indígena será focado na formação dos próprios índios que já atuam ou querem atuar nas escolas das aldeias Tupinikim e Guarani, em Aracruz (norte do Estado), e a previsão é de que, em um prazo de cinco anos, seja implantado nas aldeias, na Base Oceanográfica da Ufes e no campus de Goiabeiras. O curso será dividido nas habilitações de Ciências Sociais e Humanidades; Linguagem, Arte e Comunicação; e Ciências da Natureza e Matemática.
A aprovação da nova graduação aconteceu por meio do Prolind, programa federal de apoio à formação superior de professores que atuam em escolas indígenas de educação básica.
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