Domingo, 28 Abril 2024

Vitória já tem uma data especial para homenagear os manguezais

Vitória já tem uma data especial para homenagear os manguezais
O dia 26 de julho de cada ano passa a ser, oficialmente, o Dia Municipal do Manguezal. O projeto, de autoria do vereador Vinicius Simões (PPS), foi aprovado na Câmara Municipal de Vitória. A data constará no calendário oficial de Datas e Eventos do município. No data, serão realizadas ações voltadas à preservação desse ecossistema.
 
A comunidade que habita o entorno dos manguezais também será valorizada. Quem residir nessas áreas terá preferência no cadastramento de voluntários para as atividades de preservação e as escolas da região serão incentivadas a desenvolver projetos teóricos ou práticos para contribuir com a educação ambiental dos alunos e da comunidade e com a preservação do ecossistema.
 
Um grupo de alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Jacyntha Ferreira de Souza Simões, em Goiabeiras, região tíica de manguezal, já realiza um trabalho de educação ambiental que, inclusive, contribuiu para a elaboração da Carta de Vitória, documento apresentado durante a Rio+20. A atividade consiste na elaboração de uma carta de cerca de três metros de comprimento com dizeres, desenhos e fotos sobre os cuidados necessários com o manguezal.
 
No texto da lei, é definido que para sua execução, a prefeitura deverá realizar programas da área para engajamento da sociedade na conservação e melhoria do meio ambiente, podendo ter ou não parcerias com a iniciativa privada e associações de moradores.
 
Na justificativa da nova legislação, documenta-se que existem cerca de 11 km² de manguezais somente na Capital, referentes à Estação Ecológica Municipal Ilha do Lameirão. Segundo o documento, este é considerado o maior manguezal da América Latina, com 900 hectares de extensão.
 
No local, várias famílias de pescadores sobrevivem por conta da extração de mariscos e pela pesca, além da atuação das Paneleiras, que dependem das cascas das árvores do mangue para que as panelas de barro, produzidas artesanalmente, sejam coloridas.
 
Mesmo com parte do uso sendo sustentável pelos moradores, ainda há problemas ambientais e sociais na região. Desde maio deste ano, registra-se a presença de marisqueiros da Bahia, que vêm para o Estado somente para realizar a extração dos moluscos conhecidos como lambretas na culinária baiana. Há abundância desse animal nos manguezais do Estado. A extração praticada pelos baianos, que, inclusive, ensinam o ofício aos capixabas, é intensiva e prejudica o desenvolvimento de outras espécies animais e vegetais do mangue.

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