Domingo, 28 Abril 2024

A eleição é agora

A um ano e seis meses da eleição, o clima parece ser de período pré-eleitoral. As lideranças políticas do Estado buscam desesperadamente uma acomodação para o pleito, como se o registro das candidaturas fosse no fim do mês. Os partidos e seus quadros fazem movimentos de autoproteção, tentando evitar que possíveis candidatos desequilibrem as chapas proporcionais, enquanto observam as articulações das majoritárias.
 
As lideranças políticas têm até o final de setembro deste ano para migrar de partido caso queiram disputar a eleição do próximo ano por outra sigla. Mas há problemas para isso também. Para os que têm mandato, é preciso muita conversa para evitar a perda do mandato no ano eleitoral. É preciso garantir não só do partido que está deixando, mas também do Ministério Público Eleitoral e do primeiro suplente da coligação.
 
Mas para quem está sem mandato, a situação não é tão simples como parece. Se não há o impedimento jurídico para eles, há o peso político a ser negociado. O ex-prefeito de Vila Velha, Neucimar Fraga, por exemplo, deixou o PR, mas não conseguiu se acomodar até agora. O PSB do governador Renato Casagrande seria o rumo mais apropriado, mas há lideranças socialistas que estão apreensivas, justamente por conta do peso político do ex-prefeito. 
 
Apimentando ainda mais a movimentação das lideranças, há tendência de que o Supremo mantenha a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reduzindo as vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. Com menos cadeiras e com uma profusão cada vez maior de lideranças, a disputa tende a ficar mais acirrada.
 
Mas a apreensão em dar um passo mais arriscado agora está na incerteza gerada pelas movimentações nacionais. A posição dos presidenciáveis pode alterar o quadro político no Estado e os principais líderes do Estado vêm confundindo mais do que esclarecendo. Então, o jeito é acalmar os nervos e esperar o cenário clarear um pouco antes de fazer qualquer coisa que possa trazer arrependimento depois. 
 
Fragmentos:
 
1 – Ronaldo Feliciano é o nome do Psol na eleição municipal suplementar de Pedro Canário, norte do Estado. O PSB não quer que Wilson Fiorot, que teve a eleição anulada em outubro do ano passado, dispute novamente. 
 
2 – Desde 1º de janeiro a cidade de Pedro Canário está sem um administrador eleito pelo voto, porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou nula a votação recebida pelo então prefeito socialista. A eleição está programada para ocorrerem no próximo dia 4 de agosto.
 
3 – Esta é a segunda eleição suplementar este ano no Estado. A primeira foi em Guarapari, porque o TSE considerou nulos os votos do então prefeito Edson Magalhães por considerar que ele estaria disputando a terceira eleição. Magalhães ainda recorre ao Supremo para tentar reverter a situação.

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