Domingo, 05 Mai 2024

Acirramento da disputa presidencial põe Hartung em cima do muro

Acirramento da disputa presidencial põe Hartung em cima do muro
Com a definição do governador Renato Casagrande (PSB) pela candidatura de seu partido à Presidência da República, os meios políticos observam a movimentação do outro palanque, o do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), que segue indefinido em relação à disputa nacional. 
 
Enquanto isso, os possíveis aliados fazem suas articulações acreditando na adesão do peemedebista. Mas o histórico de neutralidade do ex-governador nas disputas nacionais sugere que será muito difícil que ele assuma um dos nomes nacionais, capitaneando um palanque presidencial. 
 
O primeiro movimento, ainda no ano passado, foi com o PT, o que levou as lideranças capixabas a acreditar na viabilidade da aliança com o PMDB no Estado. As costuras teriam a assinatura do ex-presidente Lula, que rejeitava o nome de Ricardo Ferraço para o governo, apostando na candidatura de Hartung, como puxador do palanque de reeleição da presidente Dilma Rousseff, no Espírito Santo. 
 
Mas o cenário mudou e a queda da vantagem de Dilma na corrida presidencial favoreceu ao afastamento de Hartung do palanque do PT, o que fez as lideranças do partido a começarem a analisar a possibilidade de os petistas terem de lançar uma candidatura própria para evitar que a presidente fique sem espaço político no Estado. 
 
Paralelamente, Hartung iniciou um movimento de aproximação com o PSDB, o DNA tucano e o bom relacionamento com o presidenciável do partido, o senador por Minas Gerais, Aécio Neves, indicavam que ele poderia erguer o palanque dele no Estado. Mas a candidatura de Aécio também é de risco, não há uma garantia de que ele possa superar Dilma nas urnas e a presença de um terceiro elemento nunca testado nas urnas nacionais, Eduardo Campos, do PSB, acompanhado da ex-senadora Marina Silva, por quem o capixaba já mostrou simpatia em 2010, torna a eleição presidencial imprevisível, pelo menos no Espírito Santo. 
 
Por isso, a expectativa é de que Hartung continue alinhavando as alianças para seu palanque ao governo do Estado, sem, porém,  se comprometer com nenhuma candidatura presidencial. Caso assuma um dos palanques – e hoje o mais próximo é o do PSDB – será uma surpresa para as lideranças que conhecem o método do ex-governador em relação às disputas nacionais. 
 
Hartung foi eleito em 2002, quando Lula ascendeu à Presidência da República. Foi o governo petista que liberou a antecipação dos royalties do petróleo, que serviram para que o então governador equilibrasse as finanças do Estado. Em contrapartida, Lula pediu apoio de Hartung para a reeleição em 2006, mas o governador não apoiou o presidente nem no primeiro turno e nem no segundo contra o então candidato tucano, Geraldo Alckimin. 
 
Em 2010, a história se repetiu. Embora tenha tirado foto com a candidata de Lula, Dilma Rousseff (PT), Hartung que deixava o governo não pediu votos para a petista. No segundo turno, contra o tucano José Serra, nem Hartung nem o candidato eleito pelo seu palanque, Renato Casagrande, se envolveram na disputa presidencial. 

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