Sábado, 18 Mai 2024

Acorda trabalhador!

Durante todo o ano de 2013 a coluna bateu na tecla da necessidade de mudança de postura da direção dos sindicatos, que na luta pelo poder, esqueceram sua função principal e se tornaram mais um nicho de disputa política. 
 
Mas, percebemos que essa mudança não vai acontecer de cima para baixo. Uma vez acomodados no poder, os trabalhadores que se tornaram lideranças sindicais agora não escutam mais a voz dos seus semelhantes. 
 
Diante dessa realidade, a coluna entende que o único caminho para mudar a realidade do movimento sindical no Brasil é sacudir a base. O trabalhador tem de tomar consciência de classe, participar da vida do sindicato e se unir na busca de mudanças que realmente tragam respeito e valorização de sua força de trabalho. 
 
Tanto o Partido dos Trabalhadores, como as Centrais surgiram dos movimentos sindicais e da união dos trabalhadores por garantias trabalhistas e de qualidade para a sociedade como um todo. Mas muitos dos que participaram desse movimento, hoje mudaram sua postura. Se deixaram ensurdecer pelo capital. 
 
Se os diretores e representantes mudaram, não representam mais a classe trabalhadora, cabe a ela fazer essa troca de representação. É hora de botar fora tudo aquilo que não presta mais e criar novas lideranças comprometidas com a causa trabalhista e social. 
 
O ambiente político atual permite que isso aconteça. Hoje não há mais ditadura, não há mais repressão, o trabalhador que sofrer perseguição na fábrica tem a Justiça do Trabalho para denunciar e cobrar seus direitos. Hoje é possível ir às ruas sem medo, cobrar mudanças, apresentar pauta de reivindicação, propostas de solução para os problemas do País. 
 
Então, por que não fazer isso? Por que o trabalhador se sujeita aos desmandos de dirigentes sindicais que os conduz à obediência patronal? Por que aceitar que as empresas elejam os cipeiros, por exemplo? Um trabalhador que tem a função de garantir melhor qualidade no ambiente da empresa, denunciando problemas na segurança das empresas. Uma função da qual o sindicato não pode abrir mão, mas tem aberto cada vez mais, enquanto isso os acidentes de trabalho se multiplicam. 
 
É hora de mudar essa lógica. Se a prática democrática da eleição nos sindicatos está sendo burlada pelas direções, é hora da classe trabalhadora se unir e dar um basta nessa história. 
 
As direções vivem dizendo em seus informativos que sindicato é para lutar. Então, que os trabalhadores cobrem isso. Sindicato é para lutar e não para fazer manobra. 
 
 
 

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Comentários: 1

José Guilherme Kock em Terça, 09 Fevereiro 2021 15:10

Também vejo o mesmo equívoco tanto das associações, sindicatos quanto os partidos políticos de esquerda. Tornaram-se sábios, autônomos e pensam ditar de suas escrivaninhas cheirosas o que o trabalhador deve fazer.

Também vejo o mesmo equívoco tanto das associações, sindicatos quanto os partidos políticos de esquerda. Tornaram-se sábios, autônomos e pensam ditar de suas escrivaninhas cheirosas o que o trabalhador deve fazer.
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