Terça, 30 Abril 2024

Acordo com o governo mantém veto ao projeto que reconhece créditos de ICMS da Cofavi

Acordo com o governo mantém veto ao projeto que reconhece créditos de ICMS da Cofavi
Depois de muita discussão e manobras no plenário da Assembleia, deputados e governo chegaram a um acordo e mantiveram o veto ao projeto do deputado Gilsinho Lopes (PR), que reconhece créditos de ICMS da extinta Companhia Ferro e Aço do Estado (Cofavi) e permite a transação judicial e a transferência entre contribuintes.  
 
Ao todo, 27 deputados votaram, sendo 21 pela manutenção do veto e cinco pela derrubada: Gilsinho, Euclerio Sampaio (PDT), Lúcia Dornellas (PT), José Esmeraldo (PMDB) e Paulo Roberto (PMDB) . 
 
A discussão começou na semana passada, quando a Casa recebeu 14 vetos para análise. Gilsinho e demais deputados pressionaram a derrubada das sessões para evitar a manutenção do veto. Enquanto isso, se buscava o acordo com o governo. A sinalização do Palácio Anchieta veio na tarde desta terça-feira (18). 
 
Nesta quarta-feira (19), uma reunião na Casa Civil vai receber comissão para discutir a possibilidade de o governo enviar matéria no mesmo sentido, evitando assim o vício de iniciativa. A reunião será entre o secretário da Casa Civil, Tyago Hoffmann, o deputado Gilsinho Lopes, o deputado Claudio Vereza (PT) e representantes dos funcionários e da massa falida da Companhia. 
 
Os ânimos ficaram exaltados nos dois últimos dias devido à discussão do veto. O deputado Paulo Roberto mostrou muita irritação ao declarar voto e criticou o governo pelas aplicações financeiras do Estado e deixo transparecer o ressentimento pela pecha de ‘neoliberal’ que transpirou do discurso do governador na prestação de Contas, no último dia 10.
 
O discurso de Paulo Roberto foi rechaçado pelo deputado Claudio Vereza, que lembrou o fato de o peemedebista ter sido líder do governo, na gestão passada e que havia comandado votação de vários vetos do Executivo. “Entendo que o deputado Paulo Roberto está perdido na política capixaba”, disse o petista. O discurso de Paulo Roberto parece ter incomodado os colegas, que se uniram a Vereza na defesa da imagem do Parlamento. O petista disse que respeitava as divergências de opinião, mas não concordava com a postura do deputado peemedebista de tripudiar os colegas. Vereza disse, em tom de conselheiro de quem tem seis mandatos, que não é dessa maneira que se faz política. 
 
Já o deputado Gilson Lopes lembrou que o governo passado destinou créditos de ICMS a grandes projetos industriais no Estado e que esses recursos poderiam ter sido usados para quitar as dívidas com os funcionários da Cofavi. Ele disse ainda que foi procurado pelo governo do Estado nessa segunda, mas manteve sua defesa pela derrubada do veto pelo compromisso com o projeto.

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