Caso seja levado com rigor o acordo firmado pelo PSB com o PT, em nível nacional, como divulgado na coluna Socioeconômicas nessa quarta-feira (1º), as lideranças das duas siglas no Espírito Santo terão que superar empecilhos para manter a aliança entre o ex-governador Renato Casagrande, candidato ao governo, e o deputado federal Sérgio Vidigal, presidente do PDT no Estado.
Casagrande, que lidera a corrida ao Palácio Anchieta, se articulou com o PSDB, DEM e o PDT, o chamado “Centrão”, afastando o PT e o PCdoB. Esse isolamento levou dirigentes petistas a se movimentarem visando o lançamento de uma chapa completa, inclusive com candidato ao governo. Essa composição estava prevista para a convenção do partido, domingo próximo (5).
O acordo firmado pela direção nacional dos dois partidos atinge o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, que perde tempo de rádio e TV e palanque em vários estados, reduzindo o tamanho de sua campanha.
No Espírito Santo, o deputado federal Sérgio Vidigal, que firmou aliança com Renato Casagrande, fica em situação complicada, já que, segundo o acordo, ele não poderá pedir votos para seu candidato, Ciro Gomes, quando estiver no palanque do PSB, de Renato Casagrande.
Aliado do governador Paulo Hartung, Vidigal compôs com o PSB depois da desistência de Hartung à reeleição, anunciando que sua prioridade é a sua reeleição e a garantia de palanque para Ciro Gomes. Essa pretensão, depois do acordo, fica prejudicada.