Sexta, 03 Mai 2024

Adesão da MD fortalece tabuleiro eleitoral de Casagrande

Adesão da MD fortalece tabuleiro eleitoral de Casagrande

À frente do recém-criada Mobilização Democrática (MD), o prefeito de Vitória Luciano Rezende reforça a declaração de apoio que já havia feito recentemente à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB). Com isso, o palanque do governador fica reforçado para 2014, com o apoio não só do partido que se torna promissor para o próximo ano, abrindo janela para os insatisfeitos das demais siglas, mas também do prefeito da segunda maior vitrine política do Estado, a Prefeitura de Vitória.



Conquistar o apoio de Luciano Rezende, que seria uma contrapartida pelo apoio recebido pelo prefeito em 2012, trouxe ao meio político uma leitura de que essa foi uma reação do governador Renato Casagrande aos possíveis obstáculos locais à sua candidatura à reeleição.



Casagrande vem colocando para os interlocutores a irreversibilidade de sua candidatura e ao conquistar o apoio do prefeito da Capital, inviabiliza qualquer investida de seu antecessor Paulo Hartung (PMDB) de se apresentar como alternativa do grupo para a manutenção do poder à frente do Estado.



Outro fato que também se coloca como uma investida de reação do palanque palaciano é a pressão dos republicanos para que o senador e presidente do PR no Estado, Magno Malta, não dispute o governo. As lideranças do partido que ameaçam debandar caso Malta entre na disputa, querem um encontro com o senador antes de definir a saída do partido.



Esse movimento, comandado pelo secretário estadual de Esportes, Vandinho Leite, seria mais uma investida para garantir a permanência do PR no palanque do governador, evitando um palanque de embate contra Casagrande em 2014.



Localmente, o governador vem preparando o caminho para sua candidatura de consenso. Mas para os meios políticos a grande dificuldade de Casagrande para manter o amplo arco de aliança que o apoiou em 2010 está na acomodação do PT em seu palanque.



Lideranças do partido, que se reuniram com Casagrande na última sexta-feira (19), expuseram para o governador as insatisfações de alguns membros com mandato em relação ao tratamento dispensado pelo Palácio Anchieta.

 

Mas a grande questão que se coloca entre a adesão do partido ao palanque palaciano é justamente a conjuntura nacional. O PT tem como prioridade a reeleição da presidente Dilma Rousseff e a candidatura própria do PSB em nível nacional, aliada à proximidade do presidenciável Eduardo Campos pode complicar a costura local.



Para os petistas, o governador esbarra na questão partidária para manter seu compromisso como palanque presidencial. Secretário geral do PSB, Casagrande não teria a mesma autonomia que os irmãos Ciro e Cid Gomes para se opor à candidatura de Eduardo Campos. O governador vem criticando a antecipação do debate eleitoral, um forma de não bater martelo contra Campos, mas também deixar transparecer seu descontentamento com a posição do presidente do partido, que atrapalha suas movimentações locais.

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