Domingo, 05 Mai 2024

Aliança com o governo federal seria mais vantajosa para Hartung

Aliança com o governo federal seria mais vantajosa para Hartung

A aproximação entre o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) e o Lula, supostamente solicitada pelo ex-presidente, já vinha sendo comentada nos meios políticos desde a semana passada. A movimentação do ex-presidente seria no sentido de viabilizar a candidatura de Hartung ao governo do Espírito Santo para neutralizar a aliança socialista do governador de Pernambuco, Eduardo Campos e da ex-senadora Marina Silva no Estado. A candidatura do ex-governador serviria para fortalecer a aliança PT e PMDB e, de quebra, garantir um palanque para Dilma no Estado.



A candidatura própria de PT e PMDB teria também a função de confrontar o palanque do governador Renato Casagrande, candidato à reeleição. Como o PT não tem condições de lançar candidatura própria ao governo, o PMDB assumiria a cabeça de chapa com Hartung. Mas o ex-governador sai pela tangente na hora de assumir a posição. Quem vem buscando viabilização em nome do grupo é o senador Ricardo Ferraço (PMDB). Mas a antecipação do debate abre suspeição sobre a efetivação desta candidatura.



Do ponto de vista da agregação de força, a aproximação entre Lula e Hartung, abalada depois de três negativas do ex-governador em apoiar as candidaturas petistas à presidência, é mais promissora para o peemedebista do que para o ex-presidente. Lula continua sendo uma figura política com prestígio político com o eleitorado e sua sucessora, Dilma Rousseff segue na liderança da corrida eleitoral para a reeleição no próximo ano.



Já o ex-governador, depois de deixar o governo do Estado em dezembro de 2010, vem sofrendo uma queda de capital eleitoral, que ficou visível na disputa municipal do ano passado. Hartung buscou a limpeza do campo político em Vitória para uma eleição única a prefeito da Capital.



O retrospecto eleitoral abaixo do 40%, mostrado nas pesquisas de sondagem eleitoral da época, desestimulou os aliados e Hartung acabou desistindo da disputa. Além disso, seu apoio ao candidato do PSDB, Luiz Paulo Vellozo Lucas, não se reverteu em transferência de votos, pelo contrário, diminuiu a densidade eleitoral do tucano.



Para 2014, Hartung estaria costurando uma candidatura ao Senado. Neste sentido a aproximação com Lula pode aumentar seu capital político para a disputa. Embora seja cedo para afirmar se essa aproximação vai se converter em aliança para o partido. No Estado, boa parte de petistas e peemedebistas defende a manutenção do apoio à reeleição de Renato Casagrande para o governo do Estado.

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