Quinta, 02 Mai 2024

Aliança PMDB-PT vai depender do resultado das eleições internas do partido

Após a sinalização saída do almoço com o vice-presidente Michel Temer e o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp (RR), o senador Ricardo Ferraço intensificou sua movimentação para se credenciar à disputa ao governo do Estado no próximo ano. A intenção seria atrair o PT para uma coligação. Isso explicaria os encontros de Ricardo com prefeitos petista. O último a se encontrar com o senador teria sido o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione.
 
 
A estratégia é oferecer um palanque para a presidente Dilma Rousseff no Estado, por isso Ferraço conversa com as lideranças petistas não só para pavimentar o palanque, mas também para descolar o partido da base do governador Renato Casagrande.
 
Ferraço, porém, vem conversando com lideranças ligadas ao grupo do ex-prefeito de Vitória, João Coser, que tem hoje o controle do partido e tem vantagem na disputa interna, que acontece no próximo dia 10 de novembro. Com o início dos debates entres os candidatos a presidente do partido, o tema eleições 2014 deve ser levado para a discussão. 
 
Nacionalmente, a cúpula petista não tem simpatia pelo palanque peemedebista. À frente do governo do Estado em 2006 e 2010, Paulo Hartung, que circula nos bastidores dessa articulação, não se mostrou interessado em defender o palanque petista, nem para o ex-presidente Lula, tampouco para a presidente Dilma. 
 
Por isso, não há confiança da cúpula petista nesse interesse repentino do grupo peemedebista, sobretudo, em uma eleição que se desenha como bastante acirrada. Ainda mais pelo fato de nas disputas presidenciais, o PT não conseguir atrair tanto a atenção do eleitor capixaba.
 
Outro detalhe que deve ser levado para os debates do Processo de Eleição Direta (PED) do PT é a posição que é oferecida ao partido nessa composição: a vice. Nessa distribuição no palanque, o PT fica do mesmo tamanho que em 2010, quando o partido conseguiu manter Givaldo Vieira como candidato a vice de Renato Casagrande, mesmo depois de mudanças no tabuleiro eleitoral daquele ano. 
 
Na costura do PMDB, o partido apresentaria uma chapa com Ricardo Ferraço como candidato ao governo, Paulo Hartung ao Senado e o PT como vice. Mas também não há uma certeza nos meios políticos de que esta candidatura do PMDB vai mesmo se efetivar em 2014, devido à antecipação das movimentações, o que foge à característica política do grupo de Hartung.

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