Segunda, 29 Abril 2024

Ameaça de suplentes dificulta migração de Manato para o PP

Ameaça de suplentes dificulta migração de Manato para o PP

A manifestação de lideranças do PP de que podem vir a cobrar o mandato do deputado federal Carlos Manato, caso ele deixe o PDT, dificultam ainda mais a decisão do parlamentar em deixar a sigla. A esperança é a análise que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a migração de lideranças com mandatos para partidos em processo de fusão, como a MD, criada da fusão do PPS e do PMN.



Caso o TSE livre dos processos de infidelidade os parlamentares que migrarem para a MD, o partido seria a rota alternativa para que Manato deixe o PDT sem se preocupar com a possibilidade de perder o mandato. Isso porque não há garantias de que o PDT ou os suplentes possam cobrar sua vaga na bancada.



O presidente regional do PDT, Sérgio Vidigal, em conversa com o próprio Manato disse que não cobraria sua vaga, mas não teria como impedir que outras lideranças ou que uma decisão partidária o fizesse. O presidente da Câmara da Serra, Guto Lorenzoni (PP) também já manifestou a intenção de cobrar a vaga para o PP.



Segundo a regra do TSE, nos 30 primeiros dias da migração, apenas o partido que a liderança deixou pode cobrar o mandato, ou seja, apenas o PDT poderia cobrar a vaga por infidelidade. Após esse período, fica aberto o prazo para o que o Ministério Público Eleitoral (MPE) ou terceiros interessados na vaga, ou seja, os suplentes da coligação.



O primeiro suplente de Manato é o ex-deputado federal Marcus Vicente (PP), que não sinaliza a intenção em cobrar o mandato do deputado federal. Inclusive, foi receptivo à possibilidade de Manato migrar para o PP, oferecendo ao parlamentar a vice-presidência ou a secretaria-geral. Mas Manato vem dizendo aos interlocutores que quer ingressar em um partido que possa comandar e isso dificulta suas opções.



Pacificadas as brechas de filiação partidária pelo TSE, Manato poderia migrar para a MD sem ter preocupações de ordem judicial, mas no partido, dificilmente conseguirá chegar ao comando, já que após a fusão, o partido passou por um processo interno e confirmou a presidência no Estado para o prefeito da Capital Luciano Rezende.



A escolha de Manato deverá ser entre tentar um acordo com o PP, para evitar questionamentos na Justiça, e apostar em sua defesa contra o PDT, que lhe tirou o diretório da Capital, ou ingressar na MD e evitar dores de cabeça com a Justiça. Nos dois casos, porém, terá que se contentar com um papel secundário nas siglas. Seu mandato de deputado federal não vai garantir o controle de nenhuma das duas legendas.

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