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No cenário de polarização que se desenha no Estado, tendo o governador Renato Casagrande disputando a reeleição contra o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) em uma disputa de poder dentro do grupo que governa o Estado há 12 anos, quem chama a atenção da classe política agora são as estrelas secundárias que vão apoiar as duas lideranças. Ambas caminham para o palanque do peemedebista. 
 
O PT do ex-prefeito de Vitória João Coser fecha aliança com o PMDB. Assim, segue a tendência nacional e garante o espaço para a disputa de senador. Já o PDT de Sérgio Vidigal, também embasado pela orientação nacional de caminhar com o palanque de Dilma Rousseff, pode ocupar a vaga de vice na chapa do peemedebista. 
 
Segunda maior sigla em número de filiados do Estado – ficando atrás apenas do PMDB –, o PDT administra oito prefeituras no Estado, tem uma bancada grande na Assembleia. A figura do ex-prefeito da Serra como principal chamariz. Vidigal teria uma cadeira garantida na Câmara dos Deputados, segundo os meios políticos.
 
O partido se debruça agora na reflexão se o melhor caminho é o ex-prefeito migrar da proporcional para a majoritária ou encontrar um outro nome para indicar à vice. As articulações sinalizam, porém, que será o próprio Vidigal quem assumirá a disputa ao lado de Hartung pelo cargo de expectativa. Na discussão com Casagrande, a escolha seria óbvia pela vice, já que o governador teria que se desincompatibilizar em 2018 para a disputa ao Senado, permitindo que o pedetista assumisse o governo até o fim do mandato. Mas como Hartung, vencendo, tem direito à reeleição, a situação muda. 
 
No caso do PT, a vaga ao Senado é uma exigência, já que a nacional tem como meta aumentar a bancada na Casa para garantir a governabilidade da presidente Dilma em um eventual segundo mandato. A movimentação, porém, exige cautela, pela desconfiança de que os números em queda da presidente nas pesquisas nacionais afastem Hartung da disputa presidencial do PT, aproximando-o do palanque tucano de Aécio Neves. Neste caso, o PT estaria cogitando até uma candidatura própria, com o próprio Coser, para garantir o palanque de Dilma no Espírito Santo. 
 
A definição dessas lideranças pelo palanque peemedebista, porém, equilibra o jogo entre Hartung e Casagrande. No palanque palaciano, o governador contaria com os descontentes da política de Hartung e da máquina propriamente dita. Boa parte dos prefeitos ainda apoia o governador, assim como os pequenos partidos. Casagrande se aproxima via nacional do ninho tucano e pode oferecer a vice ou o Senado ao PSDB capixaba, mantendo a postura de neutralidade entre a candidatura socialista de Eduardo Campos e de Aécio Neves. 

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