Sábado, 18 Mai 2024

Balestrassi tenta manter candidatura, mas nacional abre conversas com o PSB

Balestrassi tenta manter candidatura, mas nacional abre conversas com o PSB
Nesse fim de semana, em Colatina, durante o último encontro regional do PSDB estadual do ano, o pré-candidato do partido ao governo, Guerino Balestrassi, mostrou que sentiu o golpe. O ex-prefeito de Colatina tenta manter a candidatura ao governo com o discurso de que isso vai fortalecer as campanhas proporcionais do partido no Estado. 
 
A colocação do tucano sobre o pleito do próximo ano é vista como uma tentativa de reação à movimentação dos presidenciáveis Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB) de parceria em 10 estados, incluindo o Espírito Santo. 
 
Neste caso, o caminho do PSDB seria o de fechar aliança com o palanque de reeleição do governador Renato Casagrande. O problema é que Balestrassi deixou o governo, no final de julho deste ano, batendo a porta. Ao ingressar no ninho tucano, ele entregou a presidência do Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes) sem sequer comunicar o governador. A saída abrupta de Balestrassi causou um mal-estar no Palácio Anchieta. 
 
Além disso, o tucano seria uma das peças movimentadas pelo grupo do ex-governador Paulo Hartung no projeto de retomada do Palácio Anchieta. A estratégia seria pôr mais um nome na disputa eleitoral de 2014. Caso não vingasse a aliança com o PT, o grupo de Hartung teria um elo mantido com o presidenciável tucano.
 
Mas as conversas entre Aécio e Campos estão em ritmo avançado e a necessidade de criar um campo forte de oposição para tentar levar a disputa presidencial para o segundo turno passa por cima dos interesses locais. Segundo o jornal  Valor Econômico, o tucano e o socialista jantaram juntos na noite de domingo (8), no Rio de Janeiro, para discutir uma parceria entre os partidos para 2014. Eles negam que tenham tocado no assunto. 
 
Se a parceria se efetivar, a união deverá ser repetir nos estados. No mapa dos 10 estados em que os partidos pretendem se unir contra o favoritismo de Dilma Rousseff na disputa, o Espírito Santo aparece como estado em que a aliança em favor da reeleição de Casagrande tem uma alta possibilidade de se realizar no próximo ano. 
 
Isso tiraria Balestrassi da disputa ao governo do Estado e o colocaria em uma situação desconfortável no palanque de Casagrande, depois do episódio de sua saída do Bandes. Além disso, restaria ao ex-prefeito disputar uma eleição proporcional congestionada para deputado federal. Diante dos problemas na aliança, Balestrassi defende a manutenção de sua candidatura para evitar os desgastes iminentes da união nacional dos partidos. 
 
 
 

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