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​Bolsonarismo faz segundo turno em Vitória ganhar espaço na imprensa nacional

O Delegado Pazolini, candidato à prefeitura de Vitória, diz ser de centro e nega ligações com grupos de extrema-direita

A derrocada dos candidatos a prefeito apoiados por grupos de sustentação política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) leva veículos de comunicação de circulação nacional a pautarem as eleições em segundo turno em Vitória, uma das capitais onde o bolsonarismo ainda disputa a chefia do executivo local, com o Delegado Pazolini (Republicano), concorrendo com João Coser, do PT. Na mesma situação se encontra o Rio e Janeiro, com o atual prefeito, Marcello Crivela, tentando se reeleger. 

Neste domingo (22), o Jornal GGN, um dos mais conceituados meios digitais do Brasil, liderado pelo jornalista Luis Nassif, abordou as eleições em Vitória, como fez a Folha de S. Paulo na última sexta-feira (20). O Delegado Pazolini é questionado sobre as ligações com o bolsonarismo, que ele optou por não divulgar durante a campanha, se declara um político de centro-direita, mas rejeita a marca de extrema-direita.

Na entrevista dada ao jornal paulista, o delegado afirma: “Sempre fui de centro-direita, mas com bom senso, tranquilidade. Com análise crítica”, e enfatiza que rejeita extremos. Pazolini nega ter invadido o hospital Dório Silva, em junho desse ano, depois de uma sugestão do presidente Jair Bolsonaro. Disse que ele e mais quatro deputados fizeram “uma inspeção sobre Equipamentos de Segurança Individual (EPIs)”.

O candidato desmente ainda que tenha ido ao encontro do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Calos Gratz, preso e afastado da vida pública sob a acusação de corrupção. Gratz é ligado ao suplente de sua coligação política, Marcos Madureira, e assumirá sua vaga no Legislativo, caso ele seja eleito para a prefeitura.

Pazolini se defende da acusação que o envolve com o grupo da ministra da Mulher e dos Direitos Humanos, Damares Silva, que esteve no Espírito Santo para pressionar a família da menina estuprada e grávida, em São Mateus, a fim de evitar que o aborto fosse realizado. “A pauta que eu participei era para discutir a melhor maneira de proteger a criança”, disse.

Já o jornal GGN inicia a matéria citando o padre Kelder Brandão, que sinaliza a atuação de grupos de extrema direita no Espírito Santo, alertando para a violação dos direitos humanos. A publicação lembra ainda a coluna Maquiavel, da Veja, pulicada em 15 de novembro, com um “breve perfil do candidato de ultradireita no segundo turno da Capital capixaba. Sob o título de “Bolsonarista polêmico é a surpresa na disputa pela prefeitura de Vitória”, a matéria destacou que “Lorenzo Pazolini invadiu hospital após pedido de Bolsonaro para mostrar ‘farsa’ da Covid-19 e ajudou Damares a tentar impedir aborto por criança estuprada”.

“O deputado delegado Lorenzo Pazolini (Republicanos) é o candidato do campo bolsonarista no segundo turno de Vitória, que conta na campanha com apoios explícitos e simpatias de alguns aliados tradicionais do ex-governador Paulo Hartung (ex-MDB). PH, como é conhecido pelos capixabas, busca se qualificar para uma disputa nacional ao lado de um apresentador de programa de auditório da Rede Globo. Hartung conta com apoio de segmentos empresariais reacionários para papagaiar a cantilena das reformas neoliberais”, diz a matéria.

O GGN prossegue: ” O deputado Lorenzo Pazolini (Republicanos), que foi eleito para a Assembleia Legislativa com o apoio do ex-senador Magno Malta (PL), em 2018, e é próximo da ministra Damares, foi um grande defensor da candidatura de Jair Bolsonaro”.

Em outro trecho, a matéria jornalística aponta: “Esse mesmo deputado integra, junto com outros bolsonaristas, o grupo de oposição ao atual governo democrático de Renato Casagrande na Assembleia Legislativa estadual. Grupos políticos comprometidos com o projeto de poder autoritário elegeram deputados, não apenas pelo PSL, e ocuparam espaços nas estruturas de poder”.

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