O segundo turno das eleições municipais nos quatro maiores colégios eleitorais da Grande Vitória – Serra, Cariacica, Vila Velha e Vitória – termina no próximo domingo (30). Por isso, a expectativa na última semana de campanha é de que os candidatos invistam em uma ofensiva em busca dos votos. A tendência de o eleitor se dar conta da proximidade da eleição abre o campo para a disputa de espaço, o que deve acirrar os pleitos.
Como o voto é obrigatório, boa parte dos eleitores irá escolher somente agora os candidatos, o que deixa a situação mais favorável aos nomes que estão na frente nos levantamentos já divulgados, embora isso não defina a eleição. Os eleitores tardios tendem a se influenciar pelas pesquisas, para fazer o chamado “voto útil”, daí o favorecimento dos que lideram as disputas.
Aos candidatos que estão atrás na corrida eleitoral, cabe a investida final para tentar ultrapassar seus adversários. A expectativa é de que os ânimos se acirrem durante a semana. A ideia é disputar palmo a palmo esses votos. Para quem está na frente a situação é mais confortável, mas todo cuidado é pouco, porque a investida dos adversários pode acabar desidratando essa preferência.
Para quem está em segundo lugar, o jeito é partir para o tudo ou nada, na tentativa de virar o jogo. E aí os debates de projetos para as cidades ficam em segundo plano, o que vale mais é tentar desconstruir a imagem dos adversários.
Os prefeitos da Serra, Audifax Barcelos (Rede) e de Cariacica, Juninho (PPS), já vêm adotando essa estratégia nos últimos dias para superar seus adversários, assim como o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) e o deputado estadual Marcelo Santos (PMDB), seus respectivos adversários. O clima beligerante nos municípios tem contagiado as militâncias, que também estão em clima tenso nas ruas.
Em Vila Velha, as disputas têm sido mais no campo Judiciário do que na rua propriamente dita. Os dois ex-prefeitos do município tem tentado por meio da Justiça barrar os comentários do adversário. Max Filho (PSDB) tenta mostrar força com um congestionamento de aliados em seu palanque, enquanto Neucimar Fraga (PSD) bombardeia o tucano com dados e números de sua gestão.
Em Vitória o grupo do prefeito Luciano Rezende (PPS) tem tentado desqualificar o palanque de Amaro Neto (SD), questionando experiência e apontando dados de pesquisas sobre a qualidade de vida na cidade. Já o deputado estadual, que disputa a prefeitura pela primeira vez, busca mostrar projetos e pessoas qualificadas para dar sustentação a sua eventual gestão.
