Quinta, 28 Março 2024

Câmara aprova projeto que retira nomes de ditadores em ruas de Vitória

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A avenida Arthur da Costa e Silva, em homenagem ao segundo ditador do regime militar instaurado no Brasil em 1964, localizada no Bairro República, terá que mudar de nome, caso o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) sancione projeto do vereador Armandinho Fontoura (Podemos) aprovado na Câmara de Vitória, que proíbe a denominação de ruas e avenidas a pessoas envolvidas em tortura e violação dos direitos humanos, entre outros crimes.

"Atitudes que se correlacionam a este projeto de lei foram aderidas em países como o Alemanha, onde, após o término do Segunda Guerra Mundial, houve eliminação de todo e qualquer homenagem ou referência aos nazistas", justifica o vereador. A proposta recebeu 11 votos a favor e surpreende por ter sido apresentada – e votada -, por representantes de partidos de direita e de extrema direita, a maioria alinhada ao presidente Jair Bolsonaro, defensor da ditadura militar de 1964.

Além de Armandinho, votaram a favor os seguintes vereadores: Aloísio Varejão (PSB), Anderson Goggi (PP), André Brandino (PSC), Delegado Piquet (Republicanos), Duda Brasil (União), Gilvan da Federal (PL), e Luiz Emanuel e Maurício Leite, ambos do Cidadania. Do campo progressista, as vereadoras Camila Valadão (Psol) e Karla Coser (PT) também votaram pela aprovação.

O PL altera a Lei n° 6.080/2003, que instituiu o Código de Posturas de Vitória, para incluir o inciso V ao art.43 e "determina ainda que os logradouros e prédios públicos cujas atuais nomeações afrontem o disposto modificado pela lei terão 12 meses, a partir da sua vigência, para serem retificados e regularizados. Ou seja: os nomes vão precisar mudar".

"Fica proibida a denominação a pessoas que tenham sido condenadas por ato de improbidade ou crime de corrupção, ou que tenham sido historicamente consideradas participantes de atos de lesahumanidade, tortura, exploração do trabalho escravo, violação dos direitos humanos e/ou maus-tratos a animais em processo transitado em julgado, assim como condenadas por qualquer Conselho de Classe profissional devidamente registrado no Espírito Santo", diz um dos trechos do projeto.


O general Arthur da Costa e Silva é o autor do Ato Institucional Nº 5 (AI 5), que vigorou até 1978, e possibilitou a institucionalização da repressão e o fechamento do Congresso Nacional. Em sua gestão e nas que se seguiram, aumentaram os casos de prisões e mortes de presos políticos, com inúmeras denúncias de tortura e pesada censura à imprensa. São os chamados "Anos de Chumbo", quando ocorreram mais de 400 casos de desaparecimento, até os dias atuais nunca esclarecidos.

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Comentários: 8

Luiz Claudio Vieira Lopes em Segunda, 04 Julho 2022 18:05

Nazistas não passarão!
Parabéns à Câmara!
??????????

Nazistas não passarão! Parabéns à Câmara! ??????????
Agmarcarioca amigo do mito em Segunda, 04 Julho 2022 18:50

Ditadura e o que faz a maioria dos politicos de hoje ,o povo nao sofria tanto

Ditadura e o que faz a maioria dos politicos de hoje ,o povo nao sofria tanto
Fabricio A. em Terça, 05 Julho 2022 02:06

E a Dante Micheline? Vai se chamar Araceli?

E a Dante Micheline? Vai se chamar Araceli?
Marina em Terça, 05 Julho 2022 23:58

É o mínimo, né?!
Acho um nojo terem a coragem de deixar uma avenida com um nome tão torpe desses.

É o mínimo, né?! Acho um nojo terem a coragem de deixar uma avenida com um nome tão torpe desses.
Tiago Andrade em Terça, 05 Julho 2022 07:49

Muita politicagem, pouca efetividade! Deveriam gastar menos com verba de gabinete e estudar mais as necessidades dos munícipes . Deixem essas bobeiras para os adolescentes e estudantes da Ufes. Aumento do efetivo da GCM, melhor remuneração aos profissionais da saúde e educação?

Muita politicagem, pouca efetividade! Deveriam gastar menos com verba de gabinete e estudar mais as necessidades dos munícipes . Deixem essas bobeiras para os adolescentes e estudantes da Ufes. Aumento do efetivo da GCM, melhor remuneração aos profissionais da saúde e educação?
Jeronymo de Barros Zanandréa em Quarta, 06 Julho 2022 16:56

Com tantos problemas a serem resolvidos na cidade, vem a câmara com essa perda de tempo. O parlamento municipal deveria se ater mais a coisas como ruas, independente no nome, que estão esburacadas, etc

Com tantos problemas a serem resolvidos na cidade, vem a câmara com essa perda de tempo. O parlamento municipal deveria se ater mais a coisas como ruas, independente no nome, que estão esburacadas, etc
Davi Angelo vasconcelos em Quinta, 07 Julho 2022 16:17

Errado! Muito errado. Esses projetos são grandes equívocos. Querem apagar a história. Não se pode alterar a história. Mas, a mudança tem que ser adiante, especialmente nos bancos escolares, para que os erros e equívocos do passado não se repitam. Contudo, a história não pode ser alterada. Lamentável. Porque todas essas pessoas, bem ou mal, fizeram parte da história do Brasil.

Errado! Muito errado. Esses projetos são grandes equívocos. Querem apagar a história. Não se pode alterar a história. Mas, a mudança tem que ser adiante, especialmente nos bancos escolares, para que os erros e equívocos do passado não se repitam. Contudo, a história não pode ser alterada. Lamentável. Porque todas essas pessoas, bem ou mal, fizeram parte da história do Brasil.
Araujo em Quarta, 24 Agosto 2022 10:56

Os erros do passado se repetem, a história se repete, primeiro como tragédia, depois como farça. Alguns que gostam da farça, não veem importância nessa ação do vereador. No entanto, é a história sendo feita democraticamente, as claras, em votação, sem imposição. As outras coisas também precisam ser vistas e votadas, DEMOCRATICAMENTE. Respeito ao voto popular, pois quem elegeu este vereador, assim o fez por sua livre iniciativa. Não gostou? Que lute, reconte a história. No teclado do computador não se faz história, se dá opinião das edificantes às mais toscas.

Os erros do passado se repetem, a história se repete, primeiro como tragédia, depois como farça. Alguns que gostam da farça, não veem importância nessa ação do vereador. No entanto, é a história sendo feita democraticamente, as claras, em votação, sem imposição. As outras coisas também precisam ser vistas e votadas, DEMOCRATICAMENTE. Respeito ao voto popular, pois quem elegeu este vereador, assim o fez por sua livre iniciativa. Não gostou? Que lute, reconte a história. No teclado do computador não se faz história, se dá opinião das edificantes às mais toscas.
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