Proposta de Anderson Goggi registrou 14 votos favoráveis e um contrário
A Câmara de Vitória aprovou, em sessão nesta quarta-feira (19), o pagamento de um abono de R$ 3 mil, em parcela única, para servidores efetivos, comissionados e também para servidores cedidos de outros órgãos que atualmente atuam na Casa. Os estagiários receberão uma bolsa complementar de R$ 1 mil. O pagamento está previsto para 19 de dezembro.
A votação do projeto, apresentado pela Mesa Diretora, registrou 14 votos favoráveis e apenas um voto contrário, do vereador Armandinho Fontoura (PL). O resultado foi proclamado logo no início da sessão, quando a contagem exibiu “14 votos sim, um voto não”, confirmando a aprovação da urgência e permitindo que a matéria avançasse com tramitação acelerada pelas comissões competentes.
Após a aprovação do regime de urgência, o projeto seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, em seguida, para a Comissão de Direitos Humanos. A leitura e apreciação do relatório ficaram sob responsabilidade do vereador Camillo Neres (PP), que declarou voto favorável, destacando que o reconhecimento financeiro aos servidores era “fruto do trabalho e da dedicação de todo o funcionalismo da Casa”.
Parlamentares como Maurício Leite (PRD), Aluísio Varejão (PSD), Aylton Dadalto e Professor Joscelino (PT) declararam apoio e reforçaram a relevância do projeto. A Comissão de Direitos Humanos aprovou o parecer com cinco votos favoráveis, permitindo que a matéria seguisse para a Comissão de Finanças. Na sequência, o presidente da Comissão de Finanças, Leonardo Monjardim (Novo), recebeu a relatoria e conduziu a votação, que também aprovou o projeto por unanimidade entre os membros.
“Nada mais justo do que reconhecer quem trabalhou”, defendeu em plenário o presidente da Câmara, Anderson Goggi (PP). Ele lembrou que os servidores, muitas vezes, trabalham além da jornada normal, sem direito a horas extras ou compensações: “Aqui na Câmara não existe hora extra. Esses servidores se dedicaram de forma incansável”, exaltou.

O autor do projeto disse que gostaria de ter concedido também um reajuste salarial, mas que isso ficará para o planejamento do orçamento do próximo ano. O abono, segundo ele, representa um “gesto de valorização e reconhecimento”.
Goggi reforçou que servidores efetivos e comissionados receberão “o maior abono da história desta Casa”, e destacou que os estagiários pela primeira vez receberão uma bolsa adicional de R$ 1 mil. “Esses estagiários, que muitas vezes passavam de quatro horas, continuavam trabalhando. Nunca receberam nada além. Agora serão valorizados”, destacou. Segundo informou, o calendário de pagamentos prevê que o salário de novembro será pago no dia 19, o 13º salário em 1º de dezembro, e o abono no dia 20 de dezembro, em conjunto com o salário do mês.
O único voto contrário, de Armandinho Fontoura (PL), questionou pontos da iniciativa e levantou preocupações sobre prioridades orçamentárias, mas sem detalhar os argumentos. Enquanto ele discursava, o presidente da Casa reiterou que o abono ajuda a estimular a economia local. “Esse valor vai para o comércio, vai para dentro de casa, vai ajudar nossos empreendedores”, argumentou. Mesmo assim, o parlamentar manteve sua posição contrária.
Depois, no decorrer da sessão, o vereador Ranyeri Ferreira (PT) criticou o posicionamento do bolsonarista, ao dizer que a extrema direita “odeia os trabalhadores dos outros, o que já é horrível, agora odiar os próprios trabalhadores, que ajudam na construção dos mandatos?”.

