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Candidatos com mandato legislativo podem ganhar perdendo em 2016

Há uma reflexão nos bastidores políticos sobre as perdas e ganhos dos deputados federais e estaduais cotados para a disputa eleitoral do próximo ano. A troca de um confortável cargo legislativo, em que podem ter desempenhos eficientes e lustrar o capital político se movimentando em todo o Estado, por um cargo executivo à frente de prefeituras em crises, pode trazer mais prejuízos do que vantagens. 
 
É o caso do deputado federal Max Filho (PSDB), que vem fazendo um trabalho de fortalecimento do partido em todo o Estado, mas tem sido pressionado pelo PSDB nacional a disputar a eleição e Vila Velha. Aliás, não só ele. O presidente do partido, Aécio Neves, quer ter candidatos em todas as grandes cidades do País para a sucessão presidencial.
 
Se para o PSDB é bom ter prefeitos, para Max Filho a chegada a prefeitura pode não ser um bom negócio. A gestão de Rodney Miranda (DEM) deixa a impressão de que o próximo prefeito vai pegar uma cidade com muitos problemas. Além disso, há sempre a possibilidade de o tucano sofrer um novo embargo do governo do Estado. 
 
Em seus oito anos de mandato à frente da prefeitura, Max Filho não contou com apoio do governador Paulo Hartung (PMDB). Mesmo estando no PSDB, principal apoiador da eleição do peemedebista no ano passado, nada garante que as questões do governador com o tucano ficaram mesmo no passado. 
 
O deputado federal Helder Salomão (PT) é outro que pode ganhar perdendo. Ele tem um considerável capital político e é bem cotado para a disputa, mas a situação econômica de Cariacica pode prejudicar sua imagem, se ele não der resposta à expectativa da população. 
 
A tolerância do eleitor em 2012 em relação aos gestores municipais se esgotou muito rápido, e com o clima de desconfiança do eleitor que tem aumentado de lá para cá, a tendência é de que essa tolerância fique ainda menor a partir das próximas gestões.
 
Na bancada federal são cotados para entrar na disputa eleitoral do próximo ano, além de Max Filho e Helder Salomão, os deputados Sérgio Vidigal (PDT), na Serra; Lelo Coimbra (PMDB), em Vitória; Jorge Silva (Pros), em São Mateus; e Givaldo Vieira (PT), na Serra. 
 
No plenário da Assembleia, metade dos deputados pode entrar no pleito. Vem ganhando destaque a movimentação do deputado Enivaldo dos Anjos (PDT) para a disputa em Vitória. 
 
O deputado Amaro Neto (PPS) fez um movimento para a disputa em Vila Velha, depois mudou para Vitória e, agora, volta a observar o cenário do município canela-verde. No caso de Enivaldo, a entrada na disputa é mais segura, já que a Capital tem mais condições de ultrapassar momentos de crise graças à sua grande arrecadação e poucas demandas sociais graves. 
 
Já Amaro Neto pode colocar o capital político em risco se disputar a eleição majoritária. Muito popular por suas críticas e cobranças ao governo, o deputado conseguiu construir uma imagem de confiança com a população, que pode ser abalada se ele não tiver condições de dar a resposta esperada pelo eleitor. 

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