Candidatura de Ana Rita à presidência do PT acende debate sobre o Senado no partido
Com a confirmação da candidatura da senadora Ana Rita à presidência do PT Estadual, o cenário para o Processo de Eleição Direta (PED) está fechado com Ana Rita, pela Articulação de Esquerda (AE); João Coser, da Alternativa Socialista (AS); Perly Cipriano e José Carlos Nunes, da Construindo um Novo Brasil (CNB), mas de grupos diferentes dentro da corrente.
Para os interlocutores petistas, a vitória de Coser na eleição que será em novembro próximo é dada como certa. Mas a participação das outras correntes no processo garantirá a proporcionalidade na composição do novo diretório do PT no Estado.
Mas não é só para garantir a representação de suas correntes na direção que as candidaturas são importantes. No caso da AE, a candidatura de Ana Rita é simbólica. Sua presença nas mesas de debate pode levar para dentro uma discussão que vem passando ao largo das articulações de 2014. Trata-se da situação da própria Ana Rita.
Como candidata, a senadora terá capilaridade para discutir o motivo pelo qual a cúpula atual do PT não vem considerando uma candidatura à reeleição da senadora. Algumas lideranças vêm questionando a capacidade eleitoral dela, assunto que pode ser debatido durante o PED.
A avaliação de alguns petistas é de que não há explicação para que o PT não considere a eleição. Se o governador Renato Casagrande vem anunciando que ficará neutro em relação à eleição presidencial e também às articulações dos aliados locais em seu palanque, nada justificaria o fato de o PT não ter candidato ao Senado.
A não ser que o partido empobreça sua participação na disputa, contentando-se com o cargo de vice na chapa palaciana. Já a discussão sobre a entrada de Coser na disputa ao Senado, parte da militância vê a movimentação com preocupação.
Isso porque a lealdade do ex-prefeito de Vitória ao ex-governador Paulo Hartung (PMDB) pode levá-lo a uma desistência da disputa caso o peemedebista decida pela entrar na corrida ao Senado. Neste caso, o PT sairia de 2014 menor do que em 2010.
Naquele ano, o partido aceitou a movimentação para compor a chapa palaciana na vice de Casagrande, com Givaldo Vieira, mas conseguiu a suplência do Senado, com a ida de Casagrande para o governo. Desta vez, nada garante uma vaga para o PT na disputa ao Senado.
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