Domingo, 05 Mai 2024

Candidatura de Campos pode alterar relação institucional entre ES e União

Candidatura de Campos pode alterar relação institucional entre ES e União

Além das implicações eleitorais no palanque do governador Renato Casagrande, as movimentações do presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco Eduardo Campos na construção de um palanque socialista para disputar a Presidência da República em 2014, pode prejudicar a relação institucional entre Espírito Santo e governo federal.



Em Brasília, o Estado luta contra perdas de recursos federais. Entre as batalhas que serão travadas este ano no Congresso Nacional está a luta dos estados produtores pela partilha dos royalties do petróleo, que os deputados dos estados não-produtores tentam derrubar no Congresso.



A bancada de Pernambuco, assim como de todo o nordeste, é contra o veto da presidente Dilma Rousseff à partilha dos campos já licitados. Espírito Santo e Rio de Janeiro, os maiores prejudicados com a mudança das regras, tentam manter o veto presidencial no Congresso Nacional.



Assim como na questão dos royalties, há outros conflitos que podem prejudicar o Espírito Santo. Os interesses políticos são muito distintos, e o objetivo de Campos em disputar a presidência da República pode atrapalhar as negociações do Estado (e muicípios capixabas)  com a União.



O afastamento do PSB da base do governo Dilma Rousseff prejudica as movimentações do governo Casagrande na defesa dos interesses do Estado. No encontro de Dilma com os prefeitos eleitos em outubro passado, o prefeito da Serra, o socialista Audifax Barcelos, por exemplo, foi um dos que passaram o pires ministério por ministério.



Com uma situação financeira periclitante no município, ele foi atrás de apoio federal para conseguir recuperar o poder de investimento da Serra. Em 2010, Audifax foi um dos deputados federais mais bem votados pelo PSB, mas a movimentação do partido agora pode atrapalhar sua atuação no município que tem o maior colégio eleitoral do Estado.



A situação fica complicada na atuação da bancada também. Na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, por exemplo, Paulo Foletto (PSB) votou no candidato do partido, Júlio Delgado (PSB-MG), em vez da candidata do PMDB, Rose de Freitas, que aumentaria o poder de fogo do Estado, caso a deputada conseguisse se eleger para a presidência da Câmara.

 

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