Carros oficiais de deputados voltarão a utilizar placas pretas
Após semanas de polêmicas sobre a utilização das placas pretas identificando os veículos utilizados pelos deputados, o Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa colocou um ponto final na questão ao obrigar o uso das placas oficiais. Em reunião na tarde desta terça-feira (20), o colegiado determinou o retorno da utilização da identificação, retirada de alguns veículos após os protestos populares contra o arquivamento do projeto que pedia o fim do pedágio na Terceira Ponte.
De acordo com informações da Ales, toda a frota de veículos que atendem aos deputados deverá ser padronizada, com a utilização das placas oficiais na cor preta. Na mesma reunião, os líderes partidários concordaram que as placas deverão ser vinculadas, junto ao Departamento Estadual de Transito (Detran-ES), às placas originais dos veículos. Desta forma, o órgão – e não a população – poderá identificar o “dono” do veículo e fazer o registro de eventual descumprimento às normas de trânsito.
A decisão deve esfriar o debate em torno da utilização dos carros oficiais pelos deputados. A retirada das placas oficiais – denunciada logo no retorno do recesso parlamentar, no início deste mês – foi alvo de críticas da mídia, da população nas redes sociais e até mesmo de deputados, como o peemedebista Hércules Silveira, que mesmo sem utilizar o carro oficial, anunciou um projeto obrigando a identificação dos veículos utilizados pelos colegas.
Na ocasião, alguns parlamentares, sobretudo, aqueles que votaram contra o Projeto de Decreto Legislativo 69/2013, que propunha o fim do pedágio, como o deputado Gildevan Fernandes (PV), alegaram que temiam atos hostis por parte da população. A utilização das placas originais nos veículos – Toyota Corolla, modelo 2013 – havia sido deliberada anteriormente pelo mesmo Colégio de Líderes.
Mesmo com a deliberação, o Portal da Transparência da Assembleia não traz a informação de qual número de placa está vinculado aos deputados. No local é possível apenas conferir os gastos de cada parlamentar com o uso de combustível, que faz parte da cota dos gabinetes.
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