Segunda, 06 Mai 2024

Casagrande fecha 2013 com imagem recuperada

Casagrande fecha 2013 com imagem recuperada

O ano de 2013 foi marcado politicamente como um ano de recuperação da imagem política do governador Renato Casagrande (PSB). Depois de passar os dois primeiros anos de seu mandato mergulhado em problemas locais e nacionais, o governador conseguiu emplacar uma marca de governo e sai fortalecido para a disputa à reeleição em 2014.



O primeiro ano de governo foi marcado por uma série de problemas internos e externos.  Internamente, o socialista enfrentou dificuldades para trabalhar com uma equipe hibrida, com nomes ligados a ele e ao ex-governador Paulo Hartung. A equipe mesclada, com interesses distintos, não produziu ações na velocidade que a população e o próprio governador esperavam. No início do governo, era comum ouvir críticas irônicas de bastidores na linha: "Quando é que Casagrande vai de fato assumir o governo?", em menção a influência do antecessor na gestão do socialista.



O relacionamento com os movimentos sociais nunca foi o forte do governo Casagrande. Logo no início do mandato o governador mostrou que os conflitos de rua seriam uma marca negativa da sua gestão. Houve a desocupação desastrosa em Nova Esperança; os conflitos entre estudantes e polícia, nas manifestações de 2011 e 2012 contra o aumento das tarifas de ônibus; e mais recentemente os protestos de junho e julho. Nos três episódios, as imagens de ações truculentas da polícia reprimindo os manifestantes correram o Brasil e deixaram uma imagem negativa para o governo.

Nos dois primeiros anos de governo, os problemas externos foram ainda mais desafiadores para Casagrande. A falta de trânsito da bancada capixaba com o governo federal e no Congresso dificultou a movimentação do Estado em relação aos recursos federais, como o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) e dos royalties do petróleo – perda que está suspensa por decisão judicial.



A recuperação do governo Casagrande começou no segundo semestre de 2012, depois que as movimentações políticas do governado fizeram dele um grande vencedor das eleições municipais. Além dos 22 prefeitos de seu partido, o PSB, muitos aliados do Palácio Anchieta venceram a disputa. Mais do que sua vitória, a derrota dos aliados do ex-governador Paulo Hartung também ajudou a consolidar Casagrande como a grande liderança política do Estado, escapando da sombra do antecessor.



Com a posse dos prefeitos no início deste ano, o governador passou a adotar uma série de medidas que contribuíram para fortalecer a sua imagem. Os projetos aprovados na Assembleia Legislativa e os atos públicos nos 78 municípios do Estado contribuíram para erguer a imagem de governador voltado  para o interior do Estado.



O fortalecimento político de Renato Casagrande neste final de 2013 é um dos principais ingredientes para o desenho do cenário eleitoral do próximo ano. A classe política busca composição ao lado do palanque palaciano. Até partidos que estiveram do outro lado em 2010, como DEM e PPS, buscam acomodação no grupo de Casagrande.



Por isso, para os meios políticos o caminho de recomposição do palanque de unanimidade para a eleição do próximo ano é visto como o mais provável da disputa, tanto que o ex-governador Paulo Hartung, que vinha sendo cotado como a liderança em condição de levar a disputa para o segundo turno, já estaria disposto a compor com o palanque palaciano para assegurar a cadeira no Senado.

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