Casagrande fica de fora das articulações do PSB nacional para 2014
No encontro promovido pelo governo de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, no Recife com as lideranças do partido para discutir as eleições 2014, chamou a atenção a ausência do governador do Estado Renato Casagrande. O capixaba que já foi o segundo homem na cúpula nacional do partido, ocupando a Secretaria Geral do PSB, não fez parte do mapa do presidenciável, que considerou os seis maiores colégios eleitorais do País para a discussão.
O simbolismo da ausência de Casagrande no encontro vai além do fato de o Espírito Santo não ser um campo novo para o partido. O governador do Estado vem pregando um palanque neutralidade para a disputa de 2014, que permitirá que o PT e o PMDB possam apoiar sua candidatura à reeleição.
Para manter os aliados locais, o governador do Estado parece estar disposto a não apoiar a candidatura do presidenciável socialista. A movimentação de Casagrande não desestimulou a candidatura de Campos, que parece disposto a seguir seu projeto presidencial independentemente do apoio de Casagrande. Em julho passado, houve uma tentativa de enquadramento do governador capixaba ao projeto nacional do PSB, com a vinda ao Estado do secretário-geral do partido, Siqueira Campos.
A investida, porém, não surtiu efeito e Casagrande não dá sinais de adesão à campanha socialista. O impasse com o governador capixaba não afeta as movimentações socialistas, que conta com parcerias nos maiores colégios eleitorais do País, com o PSDB para garantir o palanque de Campos em colégios eleitorais quantitativamente mais relevantes que o Espírito Santo.
Um dos temas em debate no encontro dessa segunda-feira foi a formação dos palanques estaduais que darão suporte à candidatura de Campos ao governo federal. O partido também quer colocar peso na proporcional com o mesmo objetivo. O encontro contou com representantes seis maiores colégios eleitorais do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul.
Até a escolha do local do encontro, Recife, foi simbólico. Se Casagrande tivesse participado da reunião, ainda que não opinasse sobre o tema, o fato de se deslocar para Pernambuco, daria uma demonstração de que abona a candidatura do colega socialista, posição que complicaria a tese da neutralidade.
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