Caso Molina ainda pode trazer prejuízos para Ricardo Ferraço
Passado quase um mês do episódio da fuga do senador boliviano Roger Molina para o Brasil, o caso deixou de frequentar as manchetes dos jornais de circulação nacional, mas ainda ferve nos bastidores. No Estado, a imagem de bom samaritano do senador Ricardo Ferraço (PMDB) permanece, mas em Brasília, desde o início do imbróglio, o senador não vem agradando aos colegas.
O peemedebista que acionou um empresário capixaba para conseguir um avião para resgatar o senador boliviano, declarou à época que sua atitude foi motivada pelo fato de que Molina estaria correndo risco de morte na embaixada do Brasil. Mas o discurso não convenceu. Além de trazer ao País um político que responde a vários processos judiciais, Molina veio para o Brasil sem o salvo-conduto da Bolívia e permissão do Itamaraty.
Durante o processo, circulou fortemente nos corredores do Congresso a ideia de denunciar o senador capixaba ao Conselho de Ética do Senado por ter desrespeitado a decisão do governo brasileiro, além de ter criado um entrevero com o País vizinho. Como o caso acabou colocando o foco no funcionário do Itamaraty, Fernando Saboya, o senador capixaba ficou fora da polêmica, mas quer manter aquecida a visibilidade trazida com o caso.
A coluna de Claudio Humberto, reproduzida no jornal A Tribuna, retrata essa tentativa de o senador peemedebista com o pedido de devassa nos e-mails trocados entre o Itamaraty e a Embaixada do Brasil na Bolívia. A movimentação do senador pode não trazer a visibilidade pretendida, já que o caso não agrada ao Palácio do Planalto.
Ferraço que vem se aproximando do PT capixaba com o objetivo de se colocar como puxador do palanque presidencial de Dilma no Estado, pode complicar suas articulações com o PT nacional e, sobretudo, com a presidente.
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