A desfiliação do vereador Professor Léo do PT de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, pegou os meios políticos de surpresa no município. O partido ficará sem uma candidatura competitiva para a sucessão de Carlos Casteglione na disputa pela prefeitura.
Depois da saída conturbada do secretário de Assistência Social do Estado, Rodrigo Coelho, que se filiou ao PDT, a expectativa era de que o sucessor natural fosse o professor Léo, que em 2012 foi o vereador mais bem votado do município.
Mas os comentários nos bastidores de que essa movimentação encontrou resistência dentro do partido e a demora na definição levou o vereador para o PV, do vice-prefeito Abel Santana. Léo é era o único vereador do PT na Câmara e, com sua saída, o partido do prefeito fica sem representação no legislativo.
Essa articulação dificulta ainda mais a situação do partido que pode perder ainda mais capital político no Estado após a eleição deste ano. Cachoeiro de Itapemirim é uma das cidades em que o partido tem interesse em continuar governando, por ter mais de 100 mil habitantes.
Em Cachoeiro, o cenário eleitoral é de incertezas. Uma das principais gira em torno do papel do presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM), na disputa. Ferraço teria mais interesse na eleição da mulher, Norma Ayub (DEM), na cidade vizinha, a rica Itapemirim. Mas não deixará de ter influência no processo. Uma das expectativas é de que haja uma articulação parecida à de 2012, apoiando um nome de oposição.
Em 2012, Ferraço apoiou a candidatura do deputado Glauber Coelho, morto em um acidente automobilístico em 2014. Este ano, a possibilidade de ele apoiar a candidatura de Victor Coelho (PSB), irmão de Glauber, começa a ganhar fôlego no município.
Quem também é esperado na disputa é o deputado estadual Marcos Mansur (PSDB). Com o interesse da nacional do partido em disputar cidades com mais de 100 mil habitantes, o nome dele vem sendo cotado pelo ninho tucano para a disputa.
