Sábado, 18 Mai 2024

Cenário com Hartung no Senado e Coser na suplência não convence PT nacional

Cenário com Hartung no Senado e Coser na suplência não convence PT nacional
Começou a ganhar fôlego nos últimos dia nos meios políticos a ideia de que o presidente do PT estadual, João Coser, poderia compor uma chapa como suplente do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), que estaria mais inclinado a disputar o Senado que o governo do Estado em 2014. Mas no PT nacional, essa ideia não está sendo cogitada. 
 
A aliança entre PT e PMDB só se sustenta se o ex-governador for candidato ao governo do Estado. A movimentação orquestrada pelo ex-presidente Lula tem o objetivo de isolar o governador Renato Casagrande, para enfraquecer o palanque do PSB, que tem candidato a presidente da República com o governador de Pernambuco Eduardo Campos. Lula já disse que quer também reforçar a bancada petista no Senado, e o nome para a disputa seria o de João Coser.
 
Sem Hartung na cabeça de chapa, o PT não vai compor com o PMDB. A alternativa do partido, o senador Ricardo Ferraço, não seria uma opção para o ex-presidente Lula e a cúpula do PT nacional. Além de ter menor densidade eleitoral, Ferraço é tido como opositor ao governo federal, logo, sem condições de sustentar o palanque da presidente Dilma Rousseff no Estado. 
 
Se o ex-governador Paulo Hartung não disputar o Palácio Anchieta, a nacional vai forçar o PT a caminhar sozinho no Estado. Isso significa forçar João Coser a se candidatar ao governo do Estado para dar a sustentação exigida pela nacional ao palanque presidencial.
 
O ex-governador continua evitando falar abertamente sobre a disputa do próximo ano, aumentando as especulações sobre seu papel na eleição. Além do Senado e do governo, também se cogita a possibilidade de Hartung retomar conversas com Casagrande. Já Coser, embora tenha lealdade ao grupo do ex-governador Paulo Hartung, será forçado pela nacional a desempenhar o papel necessário para atender a prioridade da reeleição presidencial. 
 
A preocupação da cúpula petista é garantir o espaço para Dilma no Estado. Em 2010, a presidente perdeu a eleição no Espírito Santo. Naquele momento, porém, o pequeno eleitorado do Estado não era tão importante para a eleição presidencial como será no próximo ano. 
 
Os adversários do presidente Eduardo Campos e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) tornam a eleição mais acirrada, e cada estado terá peso na disputa. Como o Espírito Santo é governado por um socialista, o Estado entra no mapa de colégios eleitorais que receberão atenção redobrada em 2014. 

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